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21/07/2006 - 22h25

Veja o que disseram os informantes e testemunhas do caso Richthofen

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da Folha Online

Os depoimentos dos informantes de testemunhas no júri do caso Richthofen apontaram contradições nas declarações dos réus. Um deles, o da mãe dos réus Daniel e Cristian Cravinhos, Nadja Cravinhos de Paula e Silva, foi decisivo para convencer Cristian a passar por novo interrogatório, no qual desmentiu suas primeiras declarações e admitiu sua participação na morte do casal.

Manfred e Marísia von Richthofen foram surpreendidos ainda na cama e mortos a golpes de bastões, na casa em que a família vivia, na zona sul de São Paulo, em outubro de 2002. Os réus são a filha mais velha deles, Suzane von Richthofen, 22, o então namorado dela, Daniel, 25, e o irmão dele, Cristian, 30.

Informantes

Os informantes são parentes dos réus e não são obrigados a dizer a verdade em suas declarações.

- Andreas von Richthofen - o irmão caçula de Suzane perdeu a paciência e discutiu com um dos advogados dela, Mauro Nacif. Ele negou que ele ou a irmã fossem agredidos --física ou sexualmente-- pelos pais; disse que arma encontrada dentro de um urso de pelúcia, no quarto dela, pertencia à própria Suzane, e não a ele; e disse não acreditar que ela abriria mão da herança.

- Nadja Cravinhos de Paula e Silva - a mãe de Daniel e Cristian chorou muito enquanto falava, e também levou os filhos às lágrimas. Ela afirmou que os Richthofen bebiam com freqüência e, nessas ocasiões, tornavam-se agressivos; que ouviu de Suzane que Manfred abusava dela; que queria a condenação dos filhos "pelo que fizeram"; e que perdoou os três réus.

Testemunhas

- Alexandre Paulino Boto - o PM foi o primeiro a chegar à casa dos Richthofen após a comunicação de que o imóvel havia sido invadido. Ele disse ter estranhado a reação de surpresa de Suzane ao ter dito que os pais dela estavam bem, na primeira vez em que saiu da casa; e disse que ela foi "fria".

- Jane Belucci - a perita criminal mostrou fotos da casa e dos corpos dos Richthofen para provar que o crime foi "de uma brutalidade extrema"; e disse não acreditar que apenas uma pessoa fosse capaz de matar o casal. Mais tarde, Cristian admitiria sua participação nos golpes.

- Cíntia Gomes - a delegada da Polícia Civil de São Paulo também disse que as atitudes de Suzane em relação ao crime foram sempre frias; e que a moça e o namorado se abraçavam e beijavam na delegacia, antes de prestar seus primeiros depoimentos sobre o crime.

- Fábio de Oliveira - ex-diretor da penitenciária de Iperó (interior de São Paulo), ele atestou que os irmãos Cravinhos tiveram um bom comportamento no período em que permaneceram presos na unidade.

- Hélio Artesi - pai da jovem que namorava Cristian na época do crime, ele disse que o rapaz era "prestativo"; e que assustou-se ao saber do crime.

- Ivone Muss Wagner - moradora do bairro, ela disse que conhecia as duas famílias. Ela afirmou desacreditar que Suzane fosse virgem quando começou a namorar Daniel e foi chamada de "fofoqueira" pela defesa da jovem.

- Silvio Tadeu Vieira - tornou-se vizinho dos Cravinhos após o crime e disse ter ouvido de Cristian a confissão da não-participação dele nos golpes. Mais tarde, o próprio rapaz admitiu ter golpeado Marísia até a morte.

- Sergio Gargiulo - o vizinho dos Cravinhos disse que era amigos dos dois; negou suspeitar, à época, que eles estivessem envolvidos com drogas; e afirmou que Daniel negligenciou sua carreira no aeromodelismo para atender às exigências de Suzane.

- Alexandre Basílio Torres - o ex-presidente da Associação Brasileira de Aeromodelimo disse que Daniel não seria capaz de produzir os aeromodelos de ponta que fazia se estivesse entorpecido; e negou que o uso de tíner e do combustível dos equipamentos sejam usados como drogas.

- Fernanda Kitahara - a estudante de direito na PUC-SP e ex-colega de Suzane confirmou que a jovem e os Cravinhos usavam drogas; disse que Daniel levou um revólver à praia em uma viagem do grupo; e contrariou a versão de Andreas, dizendo que a arma achada no quarto de Suzane era do irmão da ré.

- Cláudia Sorge - a ausência da arquiteta foi o motivo pelo qual o júri não ocorreu em junho último. Ela era ex-paciente e amiga de Marísia e afirmou não acreditar que Suzane ou o irmão caçula fossem agredidos pelos pais. Na fase processual, ela relatou que Marísia ouvira de Suzane, meses antes do crime, que Manfred, tinha uma amante.

- Marisol Ortega - a agente penitenciária provocou a defesa dos Cravinhos e o Ministério Público ao dizer que Suzane "não mente" e que ela ficou "horrorizada" a saber das acusações de agressão feitas contra seus pais.

Especial
  • Leia a cobertura completa sobre o júri do caso Richthofen
  • Leia o que já foi publicado sobre a morte do casal Richthofen
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