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18/10/2000 - 19h46

Um morre após tiroteio em morro do Rio

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SABRINA PETRY
da Folha de S.Paulo, no Rio

Uma pessoa morreu e um adolescente ficou gravemente ferido durante operação da Polícia Militar no início da madrugada de hoje no morro do Feijão, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. A origem dos disparos que atingiram as duas vítimas ainda não foi determinada.

Após o tiroteio, no início da manhã de hoje, moradores do morro do Feijão, revoltados, fecharam a rua que dá acesso à favela utilizando paus, pedras e queimando pneus para protestar contra a ação policial.

O Corpo de Bombeiros e homens do Getam (Grupamento Tático Móvel) foram ao local para conter os manifestantes. Não houve conflito e ninguém se feriu.

De acordo com a assessoria da PM, policiais subiram o morro, por volta das 2h, para verificar uma denúncia de tráfico de drogas e foram recebidos a tiros por supostos traficantes da favela. Houve tiroteio e os moradores ficaram assustados.

Durante o confronto, o técnico em eletrônica Bruno de Souza Pinheiro da Silva, 36, e um adolescente de 12 anos, cujo nome não foi divulgado pela polícia, foram baleados na barriga.

Silva e o menino foram socorridos pelos moradores da favela e levados para o pronto-socorro. Silva morreu antes ser atendido. O adolescente continua internado em estado grave.

Foram apreendidas no local uma pistola calibre nove milímetros e pequena quantidade de maconha. Os supostos traficantes conseguiram fugir. Nenhum policial ficou ferido.

Segundo o assessor da PM, coronel Nilton Lourenço, os dois estavam em um bar no momento do tiroteio. "Os PMs passaram por eles e o tiroteio foi logo em seguida. Os dois estavam atrás dos policiais na hora da troca de tiros. Muito provavelmente foram atingidos pelos traficantes", disse.

A PM está aguardando o laudo sobre as balas que atingiram as vítimas para saber quem atirou contra elas. Lourenço disse que há fortes indícios de que os dois foram atingidos por tiros de fuzil, supostamente utilizados pelos traficantes, e não de pistolas, que eram portadas pelos policiais.

O assessor também contou que a polícia não socorreu os feridos porque eles só teriam sido encontrados após o fim da operação, quando os PMs já haviam deixado o morro.

Familiares e amigos das vítimas, entretanto, afirmam que os policiais subiram o morro atirando a esmo para intimidar a população. Para eles, os policiais são os autores dos disparos que atingiram Silva e o adolescente.

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