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09/08/2006 - 21h13

Onda de ataques é "modismo trágico e estúpido", diz Lembo

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MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), disse nesta quarta-feira, em Piracicaba (162 km a noroeste da capital), que a nova onda de ataques "virou um modismo trágico e estúpido". E afirmou que um Exército "aparente" nas ruas é desnecessário.

"Claro que tem muitos oportunistas [agindo], e, mais do que isso, virou um modismo trágico e estúpido fazer ataque. São adolescentes fazendo pequenos ataques, ridículos e estúpidos. Isso é uma crise de identidade pessoal e de valores que nós estamos vivendo no Brasil."

Sobre as especulações de que rebeliões possam ocorrer no domingo, ele disse que sairá normalmente com a família para o almoço no Dia dos Pais.

"Vou sair normalmente com a minha família. Claro que pode haver surtos e imprevistos, e nós não podemos garantir quanto aos imprevistos."

O governador disse que o Exército já está atuando no Estado. "A realidade nem sempre é muito aparente. O Exército está em São Paulo. Eles estão trabalhando com a gente diariamente em inteligência e em logística. O Exército está mantendo, todo dia, um diálogo muito elevado entre o Comando do Sudeste e o governo do Estado. O que vocês querem é um Exército aparente nas ruas, e isso é desnecessário".

Lembo disse ainda que "todos aqueles que entendem de estratégia e de tática acham desnecessário [o Exército na rua]".

Em meio aos ataques no interior do Estado, Lembo entregou em Piracicaba carros para PM, inaugurou a sede do Comando de Policia do Interior da PM e uma unidade de semi-internação da Febem e vistoriou o CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente).

Lembo declarou também que não vê provocação na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às tropas da capital prevista para sábado.

"A visita do presidente Lula a São Paulo está há muito tempo fixada. Era para ele ter vindo antes de maio, mas não teve possibilidade de agenda. Ele vai fazer uma visita de rotina à unidade do Exército."

Para Lembo, o governo federal não faz pressão política sobre o governo do Estado ao oferecer ajuda do Exército. "Eu não vejo problema político nenhum. Eu tenho relacionamento perfeito com Brasília, com o presidente Lula, com o Exército e não vejo nenhuma posição político-eleitoral e pressão. Não há pressão. São Paulo não sofre pressão, São Paulo dialoga."

Sobre a liberação dos R$ 100 milhões para a área de segurança por parte do governo federal, o governador disse que o valor "é pouco", mas que o dinheiro chegará.

"Eu já disse que R$ 100 milhões para São Paulo é importante, mas nós precisaríamos na verdade de R$ 700 milhões."

Saulo
Sobre a declaração do secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, que afirmou ontem na "Rede Bandeirantes" que o PT está por trás do ataques, Lembo disse que "o secretário responde por suas afirmações".

"Eu diria que foi uma afirmação do secretário, e ele responde por suas afirmações. Eu não gostaria jamais de ingressar no tema político-eleitoral e político-partidário. Eu acho que nós temos de preservar as instituições e uma forma de preservá-las é preservar os partidos."

O PT informou que entrará com uma notícia-crime por calúnia, injúria e difamação contra Saulo. O presidente Lula declarou que "o secretário tinha que ser mais sensato".

Durante cerimônia da inauguração de uma unidade do CASA, Lembo provocou risos na platéia ao agradecer a participação no projeto da União Espírita de Piracicaba.

"Gostaria de agradecer a participação das comunidades locais e organizações não-governamentais, como a União Espírita de Piracicaba (...) Em breve eu vou precisar muito de vocês. Para me comunicar."

Especial
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