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11/08/2006 - 17h28

Agentes penitenciários de folga recebem convocação para o fim de semana

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TATIANA FÁVARO
da Folha Online

Agentes penitenciários de 60% das penitenciárias do Estado de São Paulo que estariam de folga neste sábado (12) e domingo (13) foram convocados para trabalhar durante o fim de semana, segundo informou o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo).

O Estado tem 144 penitenciárias e 20.400 agentes penitenciários. O motivo da convocação seria a possibilidade de ocorrerem rebeliões no Estado orquestradas por lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) --informação obtida pela inteligência da polícia paulista por meio de escutas telefônicas.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) não descartou a convocação. Informou apenas, por meio de assessoria, que "cabe a cada diretor verificar o número de agentes necessários para manter a segurança e a disciplina no interior de sua unidade".

Das 932 solicitações de saída temporária no Dia dos Pais para presos do regime semi-aberto da cidade de São Paulo, a Justiça permitiu 707. Os detentos saíram entre esta quinta (10) e sexta-feira (11) e voltarão entre segunda (14) e terça-feira (15).

Desde a última segunda-feira (7), ao menos 150 alvos foram atingidos em todo o Estado de São Paulo, na terceira série de ataques atribuída ao PCC. Entre os locais estão prédios públicos, forças de segurança, bancos, postos de gasolina, supermercados e ônibus.

Receio

O secretário geral do Sindasp, Rozalvo José da Silva, disse que a categoria teme por uma possível série de rebeliões, pois faltam equipamentos, homens e segurança no interior das penitenciárias. "Nada do que foi falado pelo governo do Estado depois da primeira onda de ataques do PCC [em maio deste ano] ocorreu na prática", afirmou Silva.

No dia 10 de julho, dois dias antes do início da segunda onda de violência promovida pelo PCC em São Paulo, os secretários Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública) e Antonio Ferreira Pinto (Administração Penitenciária) definiram um conjunto de medidas de segurança para funcionários do sistema prisional paulista.

Os secretários admitiram a criação de uma linha telefônica exclusiva entre funcionários da administração penitenciária e a polícia. Ferreira Pinto afirmou que os agentes receberão capacitação técnica para o uso de armas de fogo fora do ambiente de trabalho. "Não recebemos orientação sobre o uso de armas de fogo. Nada ainda", afirmou Silva.

No dia 10 também foi publicada no "Diário Oficial" da União portaria que regulamenta o porte de armas de fogo pelos agentes. A categoria passará por exames psicológicos com psicólogos da PF (Polícia Federal).

"Até o momento não foi comprado um radiotransmissor, não temos as mínimas condições de trabalho. Os presos fazem pequenos motins para testar essa capacidade", disse o secretário geral do Sindasp.

A SAP informou, por meio de assessoria, que estuda os procedimentos necessários para iniciar os cursos e exames para liberar o uso de armas de fogo pelos agentes.

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