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12/08/2006 - 09h16

13.085 presos do Estado de SP saem para o Dia dos Pais

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ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo

Além dos 12.912 presos que cumprem pena em regime semi-aberto em todo o Estado de São Paulo e, desde quinta-feira (10), receberam da Justiça o benefício para a saída temporária do Dia dos Pais, outros 173 deverão deixar as unidades prisionais ainda neste sábado, totalizando 13.085 liberações.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que, das 126.654 pessoas presas hoje no Estado, em 144 prisões, cerca de 15 mil cumprem pena em regime semi-aberto. Mas a pasta não sabe informar quantos, desse total, saem às ruas para trabalhar diariamente --só podem fazer isso os que comprovam vínculo empregatício.

Nas prisões de regime semi-aberto do oeste do Estado, onde está concentrada a maior população carcerária do país (32.000 detentos), ocorreram vários casos de desistência do benefício, mas a SAP informou não saber ao certo quantos deixaram de sair das unidades. Eles temiam retaliações por parte da polícia.

Sem informações

Ao contrário do que afirmou anteontem o comandante-geral da PM, Elizeu Eclair Teixeira Borges, a SAP informou não manter um cadastro para apontar quantos dos 113 detentos em todo o Estado que cumprem pena em regime semi-aberto e que são suspeitos de ligação com o PCC saem às ruas diariamente para trabalhar.

O setor de inteligência da PM informa ter montado um banco de dados, constituído a partir de informações passadas pela SAP, no qual 5.012 pessoas (809 delas nas ruas) são apontadas como integrantes do PCC, mas, ainda assim, a pasta afirma não ter condições de rastrear quais dos 113 que estão no semi-aberto já saem das prisões diariamente e voltam à noite.

Durante dois dias, a Folha pediu ao secretário Antonio Ferreira Pinto, da SAP, a informação. Assessores dele dizem que o dado não existe.

De acordo com Rosana Garcia, assessora de Ferreira Pinto, o responsável pelo levantamento sobre os presos apontados como sendo do PCC e que saem diariamente dos presídios é Lourival Gomes, secretário-adjunto da SAP, que foi investigado sob suspeita de ter ajudado a criar a facção criminosa CDL (Comando Democrático da Liberdade), rival do PCC. A investigação foi concluída sem comprovação contra ele. Nesta sexta-feira (11), Gomes, segundo a assessora, "não podia atender a reportagem."

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