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18/08/2006 - 09h02

Chefe do PCC tem 2ª denúncia por morte

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da Folha de S.Paulo
Colaboração para a Folha de S.Paulo

O Ministério Público de São Paulo apresentou ontem uma nova denúncia à Justiça contra o chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, responsabilizando-o pela primeira onda de ataques, em maio.

Foi denunciado também como mandante dos atentados o criminoso Julio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, também integrante do PCC.

R.Cassimiro/Folha Imagem
Marcola esconde o rosto durante depoimento, em junho último, em prisão de São Paulo
Marcola esconde o rosto durante depoimento, em junho último, em prisão de São Paulo
Essa é a segunda ação penal na qual Marcola e Julinho são acusados de serem mandantes de homicídio. Na primeira, eles foram responsabilizados pelo assassinato do bombeiro João Alberto da Costa, em maio.

A nova denúncia é motivada pelo assassinato do carcereiro Elias Pereira Dantas, de 44 anos. Dantas participava de uma festa em um bar na noite de 14 de maio e, por volta das 21h, quando deixava o local, foi assassinado após ser seguido.

Segundo o laudo pericial, ele levou 12 tiros. A arma utilizada destruiu seu rosto e causou ferimentos nas costas. O carcereiro era funcionário da cadeia pública de Santo André (Grande SP) havia dez anos e foi morto próximo à casa onde morava, na Vila Califórnia, na zona leste de São Paulo.

Os dois acusados pelos disparos contra Dantas, Leandro Lopes Badollato, o Toquinho, e Michael do Rosário, o Zara, também foram denunciados ontem. Segundo a Promotoria, ambos foram identificados como membros da facção.

"Os dois executores foram presos com grande poderio de armas do PCC. A ordem para os ataques partiu das lideranças e o Marcola está sendo denunciado como co-autor", disse o promotor Raul de Godoy, que assina a ação penal. Na primeira onda de atentados, entre os dias 12 e 19 de maio, houve 373 ataques que mataram 43 pessoas.

Na ocasião, os principais alvos foram policiais e agentes penitenciários. Depois disso, o PCC promoveu outras duas séries, em julho e agosto.

No último sábado, seqüestrou dois profissionais da Rede Globo --um assistente técnico e um repórter. O primeiro foi solto horas depois apresentando uma exigência da facção.

O segundo foi libertado apenas após a Globo exibir um vídeo no qual um criminoso dizendo-se do PCC leu um protesto contra as condições carcerárias e o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), sistema de isolamento no qual Marcola está internado atualmente.

Ontem, o Ministério Público decidiu também recorrer ao Supremo Tribunal Federal do habeas corpus concedido por três desembargadores de São Paulo em favor de Marcola.

Na decisão, os desembargadores consideram que o RDD é inconstitucional. Para o Ministério Público, a internação --que prevê isolamento em cela individual durante 22 horas por dia-- tem base legal.

25 acusados

Na semana passada, a partir de investigações sobre a chamada "célula oeste" do PCC, com atuação na zona oeste da capital, o Ministério Público denunciou 25 acusados de pertencer à facção por formação de quadrilha, Marcola entre eles. A célula oeste foi desbaratada em julho, com a prisão da maioria de seus membros.

Na ação, a Promotoria acusa Marilene Simões de coordenar os ataques a ônibus na região. Segundo a denúncia, ela recebeu um "salve" (ordem, no jargão criminoso), para que ônibus fossem incendiados nos ataques de julho.

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