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21/08/2006
-
23h07
CRISTIANO MACHADO
Colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Em menos de quatro dias duas casas de agentes penitenciários foram alvo de ataque em Presidente Prudente (a 565 km de São Paulo). A cidade está localizada no oeste do Estado, região que abriga 35 presídios, alguns deles habitados por líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Conforme relato do funcionário da penitenciária de Presidente Prudente à Polícia Militar, no início da madrugada de domingo (20), dois homens passaram em frente de sua casa, na zona leste da cidade, e começaram a atirar.
Ao menos seis disparos atingiram a fachada e o portão da casa. Ninguém se feriu. O servidor, que trabalha no setor administrativo da unidade e não tem contato com os detentos, chamou a PM e registrou boletim de ocorrência. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
O delegado seccional de Presidente Prudente, Marcos Mourão, disse acreditar que o episódio tenha ligação com um ataque semelhante ocorrido na quinta-feira num bairro próximo.
"As características dos dois casos são idênticas. Os atiradores estariam numa motocicleta e, de madrugada, passaram atirando. Outro fato que reforça a suspeita é que as munições encontradas nas duas casas são do mesmo calibre, ou seja, de 32."
Em protesto, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo promete voltar a suspender visitas de parentes a presos no próximo final de semana. "Caso haja mais [ataques] vamos suspender as visitas. Essa é a única forma de evidenciar que, apesar de o governo prometer medidas de segurança, nós ainda continuamos sendo alvo das facções", disse Rosalvo José da Silva, diretor do órgão que atua na região oeste do Estado.
As ações, segundo ele, "não têm alvo distinto". "Qualquer funcionário de presídio está sujeito a ser vítima. O caso desse colega confirma isso. Ele nem tem contato com preso, fica no escritório. Mas o criminosos não quer saber. De manhã vê a casa de uma pessoa que trabalha em presídio e à noite ataca."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PCC
Leia a cobertura completa sobre a onda de ataques em São Paulo
Criminosos atacam casas de dois agentes penitenciários em SP
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Colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Em menos de quatro dias duas casas de agentes penitenciários foram alvo de ataque em Presidente Prudente (a 565 km de São Paulo). A cidade está localizada no oeste do Estado, região que abriga 35 presídios, alguns deles habitados por líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Conforme relato do funcionário da penitenciária de Presidente Prudente à Polícia Militar, no início da madrugada de domingo (20), dois homens passaram em frente de sua casa, na zona leste da cidade, e começaram a atirar.
Ao menos seis disparos atingiram a fachada e o portão da casa. Ninguém se feriu. O servidor, que trabalha no setor administrativo da unidade e não tem contato com os detentos, chamou a PM e registrou boletim de ocorrência. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
O delegado seccional de Presidente Prudente, Marcos Mourão, disse acreditar que o episódio tenha ligação com um ataque semelhante ocorrido na quinta-feira num bairro próximo.
"As características dos dois casos são idênticas. Os atiradores estariam numa motocicleta e, de madrugada, passaram atirando. Outro fato que reforça a suspeita é que as munições encontradas nas duas casas são do mesmo calibre, ou seja, de 32."
Em protesto, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo promete voltar a suspender visitas de parentes a presos no próximo final de semana. "Caso haja mais [ataques] vamos suspender as visitas. Essa é a única forma de evidenciar que, apesar de o governo prometer medidas de segurança, nós ainda continuamos sendo alvo das facções", disse Rosalvo José da Silva, diretor do órgão que atua na região oeste do Estado.
As ações, segundo ele, "não têm alvo distinto". "Qualquer funcionário de presídio está sujeito a ser vítima. O caso desse colega confirma isso. Ele nem tem contato com preso, fica no escritório. Mas o criminosos não quer saber. De manhã vê a casa de uma pessoa que trabalha em presídio e à noite ataca."
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