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22/08/2006 - 09h34

Surge nova pista no seqüestro de repórter

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da Folha de S.Paulo

A polícia identificou mais um suspeito de participação no seqüestro do jornalista Guilherme Portanova e do técnico Alexandre Calado, da equipe de reportagem da Rede Globo, que foram mantidos reféns pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

A pedido da DAS (Divisão Anti-Seqüestro), que investiga o caso, o manobrista Luciano José da Silva teve sua prisão temporária decretada pela Justiça. Até ontem, ele ainda era procurado pela polícia.

A polícia já havia divulgado o retrato falado e as fotos de outros três suspeitos de envolvimento com o crime. Eles também estão foragidos.

A DAS passou a investigar o envolvimento de Silva depois de ter descoberto que um dos carros usados no seqüestro --um Vectra-- na verdade foi levado por um manobrista, e não roubado, como haviam informado um dos proprietários do estacionamento Stop Bem e um de seus funcionários.

Após a descoberta da polícia, um dos donos do estabelecimento, Renato Santos, disse que mentiu para não perder o seguro, que não cobre furtos.

Os funcionários da Globo foram seqüestrados no dia 12 de agosto. Dois dias antes, o manobrista Manoel da Silva Filho deu queixa à polícia afirmando que havia sofrido um assalto a mão armada no cruzamento das ruas Campos Bicudo com Pedrosa Alvarenga, na zona oeste, enquanto levava um Vectra da porta de um restaurante para o estacionamento.

O proprietário do estacionamento chegou a dar detalhes do suposto roubo, mas, depois, acabou confessando a farsa.

Segundo a versão da polícia, foi Luciano José da Silva quem pegou o veículo e sumiu. O acusado foi procurado em sete endereços, mas não foi achado.

Antonio Assunção de Olim, delegado da DAS, confirmou o pedido de prisão temporária de Silva. Segundo Olim, o manobrista estava havia menos de três dias trabalhando no estacionamento. Ainda de acordo com o delegado, tanto o proprietário do estacionamento quanto o funcionário que fez o registro de roubo serão indiciados por comunicação falsa de crime, que, segundo o artigo 340 da Lei de Contravenções, prevê uma pena de um a seis meses de detenção.

Guilherme Portanova e o técnico Alexandre Calado foram seqüestrados num sábado de manhã, quando saíam de uma padaria próxima à Globo. Dois homens obrigaram os dois a entrarem em um Vectra. Na noite do sábado, Calado foi solto com um DVD e a exigência para divulgar as imagens nele contidas --com reivindicações do PCC.

No início da madrugada de domingo, o vídeo foi divulgado pela Rede Globo. Depois de aproximadamente 41 horas de seqüestro e de ter passado por ao menos três cativeiros, Portanova foi libertado.

Caixa dois

O Ministério Público investiga a denúncia de que integrantes do PCC desviavam dinheiro da própria facção. A suspeita surgiu com o prisão de David Sorur, conhecido como DVD, um dos tesoureiros da facção que morreu na cadeia.

Segundo o Ministério Público, os recursos arrecadados com o tráfico de drogas e assaltos eram desviados antes de serem encaminhados para os chefes regionais.

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