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22/08/2006
-
10h14
CRISTIANO MACHADO
Colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Em menos de quatro dias, duas casas de agentes penitenciários foram alvo de ataques em Presidente Prudente, cidade localizada no oeste do Estado de São Paulo, região que abriga 35 presídios, alguns deles com chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Conforme relato do funcionário da penitenciária de Presidente Prudente à Polícia Militar, no início da madrugada de domingo, dois homens passaram em frente de sua casa, na zona leste da cidade, e começaram a atirar.
Ao menos seis disparos atingiram a fachada e o portão. Ninguém se feriu. O servidor, que trabalha no setor administrativo da unidade e não tem contato com os detentos, chamou a PM e registrou boletim de ocorrência. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.
O delegado seccional de Presidente Prudente, Marcos Mourão, disse acreditar que o episódio tenha ligação com um ataque semelhante ocorrido na quinta num bairro próximo.
"As características dos dois casos são idênticas. Os atiradores estariam numa motocicleta e, de madrugada, passaram atirando. Outro fato que reforça a suspeita é que as munições encontradas nas duas casas são do mesmo calibre, ou seja, de 32."
Em protesto, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo promete voltar a suspender visitas de parentes a presos no fim de semana. "Caso haja mais [ataques], vamos suspender as visitas. Essa é a única forma de evidenciar que, apesar de o governo prometer medidas de segurança, nós ainda continuamos sendo alvo das facções", disse Rosalvo José da Silva, diretor do órgão na região oeste do Estado.
As ações, segundo ele, "não têm alvo distinto". "Qualquer funcionário de presídio está sujeito a ser vítima. O caso desse colega confirma isso. Ele nem tem contato com preso, fica no escritório. Mas o criminoso não quer saber."
Especial
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Casas de 2 agentes penitenciários de Presidente Prudente são atacadas
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Colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Em menos de quatro dias, duas casas de agentes penitenciários foram alvo de ataques em Presidente Prudente, cidade localizada no oeste do Estado de São Paulo, região que abriga 35 presídios, alguns deles com chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Conforme relato do funcionário da penitenciária de Presidente Prudente à Polícia Militar, no início da madrugada de domingo, dois homens passaram em frente de sua casa, na zona leste da cidade, e começaram a atirar.
Ao menos seis disparos atingiram a fachada e o portão. Ninguém se feriu. O servidor, que trabalha no setor administrativo da unidade e não tem contato com os detentos, chamou a PM e registrou boletim de ocorrência. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.
O delegado seccional de Presidente Prudente, Marcos Mourão, disse acreditar que o episódio tenha ligação com um ataque semelhante ocorrido na quinta num bairro próximo.
"As características dos dois casos são idênticas. Os atiradores estariam numa motocicleta e, de madrugada, passaram atirando. Outro fato que reforça a suspeita é que as munições encontradas nas duas casas são do mesmo calibre, ou seja, de 32."
Em protesto, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo promete voltar a suspender visitas de parentes a presos no fim de semana. "Caso haja mais [ataques], vamos suspender as visitas. Essa é a única forma de evidenciar que, apesar de o governo prometer medidas de segurança, nós ainda continuamos sendo alvo das facções", disse Rosalvo José da Silva, diretor do órgão na região oeste do Estado.
As ações, segundo ele, "não têm alvo distinto". "Qualquer funcionário de presídio está sujeito a ser vítima. O caso desse colega confirma isso. Ele nem tem contato com preso, fica no escritório. Mas o criminoso não quer saber."
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