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26/08/2006 - 08h35

Suposto elo entre PT e PCC é bobagem, diz Bastos

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou nesta sexta-feira em Campo Grande (MS) que é uma "bobagem" a suposta ligação entre petistas e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ele disse ainda achar "estranho" o vazamento, em época de eleição, da gravação telefônica em que dois presos da facção falam sobre poupar políticos do PT dos ataques. Indagado se poderia ser uma armação do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, como acusa o PT, o ministro respondeu apenas não ter "a menor idéia".

Na quarta-feira, a Folha publicou trechos de uma gravação telefônica --feita pela Promotoria de Justiça de Presidente Venceslau (SP), com autorização judicial-- na qual dois presos ligados ao PCC combinam os atentados.

Anderson de Jesus Parro, o Moringa, e Osmar Gonçalves do Nascimento, o Magrelo, citam como alvos políticos do PSDB. A conversa ocorreu em 12 de maio, quando começaram atentados do PCC.

Anteontem Saulo afirmou que inquéritos apontam uma "correlação" entre petistas e o PCC. O secretário não forneceu, porém, o número de inquéritos nem os nomes dos envolvidos.

"Eu estou acompanhando [as reportagens da Folha]. Eu acho uma bobagem. Acho uma coisa que nem devia ter saído nesta época de eleição porque não se sabe se tem um inquérito. Não se sabe se foi investigado", afirmou o ministro.

"É uma conversa entre anônimos que ninguém sabe o que é. De modo que acho muito estranho que tenha vazado isso [as gravações]", afirmou.

Em seguida, a assessoria de Thomaz Bastos interrompeu a entrevista pois o ministro tinha uma reunião sobre segurança pública com o governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.

Thomaz Bastos disse ser "uma exceção" a prisão de um policial da Força Nacional de Segurança Pública na quarta-feira, acusado de facilitar a entrada de celulares para integrantes do PCC em presídios.

Trabalhando no grupo de motociclistas da PM em Campo Grande, o policial não estava em missão pela Força Nacional, mas poderia ser convocado a qualquer momento.

"É uma coisa que acontece. É uma exceção que confirma a regra da Força Nacional, que é de correção, entusiasmo cívico e dever bem cumprido. Ele [o policial] já foi desligado [da Força Nacional]."

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