Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/08/2006 - 09h22

Bombas apreendidas no Rio tinham siglas do PCC e do CV

Publicidade

da Folha Online

Siglas das organizações criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e CV (Comando Vermelho), do Rio, foram encontradas pintadas nas 52 bombas de fabricação caseira apreendidas segunda-feira (28) na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense).

A comunidade é reduto de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, um dos principais traficantes do país, atualmente preso na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.

Segundo a polícia paraguaia, a quadrilha de Beira-Mar se aliou a membros do PCC que atuam na fronteira com o Brasil e, juntos, estão intermediando a entrada de armas no país.

No início do mês, um arsenal com 234 armas pesadas, entre fuzis, pistolas e submetralhadoras e cerca de 50 mil munições, foi interceptado em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Mato Grosso do Sul. O armamento pertenceria a Beira-Mar e ao PCC.

Responsável pela operação, o delegado Ronaldo de Oliveira, do Serviço de Entorpecentes da Baixada Fluminense, afirmou que as armas encontradas na Beira-Mar têm poder para destruir paredes e serviriam apenas para defender a favela de ataques de grupos rivais ou de operações da polícia. As bombas encontradas na favela estavam enroladas em um cobertor.

Na ocasião em que apreendeu as bombas, a Polícia Civil prendeu Ernane Souza da Luz, 33, suspeito de gerenciar o tráfico de drogas na Barreira do Vasco, em São Cristóvão. Luz esperava por Gilson Brígido dos Santos, suposto líder do tráfico no Morro do Andaraí, quando foi preso.

Em menos de duas semanas, esta é a segunda apreensão de material supostamente ligado às duas facções. No domingo retrasado, foi achado um balão no morro da Providência (centro do Rio) com as inscrições dos dois grupos.

Contabilidade

Em outra operação na Beira-Mar, policiais apreenderam um caderno sobre a contabilidade do tráfico no local.

No material, havia anotações indicando que os traficantes pagariam propinas que variam entre R$ 1.600 e R$ 2.200 todas as sextas-feiras, sábados e domingos a policiais para que eles não atrapalhem a venda de drogas na comunidade.

Não está indicado nas anotações, no entanto, se são policiais civis ou militares que receberiam o dinheiro.

Lista de presos

As anotações trazem ainda uma lista com uma série de traficantes presos em penitenciárias fluminenses que receberiam dinheiro da quadrilha. O inquérito será remetido para as Corregedorias das duas corporações.

Em ambas as ações, foram apreendidas maconha, crack, cocaína, três revólveres, além de munições de diversos calibres. Uma mulher e dois homens (um deles filho dela) foram presos.

A favela Beira-Mar costuma receber as drogas vindas do Paraguai e, depois, a redistribui para as outras comunidades controladas pelo CV.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o CV
  • Leia o que já foi publicado sobre os ataques do PCC
  • Leia a cobertura completa sobre os ataques do PCC
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página