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29/08/2006 - 11h19

Flanelinhas rasgam multa para enganar motoristas

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GABRIEL BATISTA
do Agora

Flanelinhas do centro de São Paulo estão removendo as multas dos pára-brisas dos carros. É o que mostram imagens feitas, em menos de um mês de operação, pelas 21 câmeras de vigilância instaladas na região.

As câmeras da Guarda Civil Metropolitana flagraram os guardadores de carro tirando o papel que alerta sobre a aplicação da multa por estacionamento em local proibido. A multa, nesses casos, é de R$ 85, com quatro pontos. Em caso de zona azul, R$ 53 e três pontos.

Reprodução
Flanelinhas trazem multa nas mãos, após arrancá-la de pára-brisa de carro
Flanelinhas trazem multa nas mãos, após arrancá-la de pára-brisa de carro
Na maioria dos casos, o flanelinha chega a tirar dois autos de infração, aplicados primeiro por um fiscal, depois por outro. "O motorista só descobre quando recebe, em casa, a notificação", diz o inspetor Evander Simão de Almeida, coordenador da central de monitoramento.

Em gravação feita entre as 16h e as 17h da última quinta, um homem retira os autos de infração de um Celta e de um Corsa na rua 7 de Abril.

Vestido de casaco bege, ele observa a aplicação das multas e, às 16h17, recolhe as autuações. Fica com os autos na mão até as 16h29, quando encosta em uma Fiorino, amassa os papéis e os joga sob o veículo.

Com o flagrante das câmeras, duas motos e um carro da GCM são enviados e detêm o suspeito --acusado de supressão de documento público, previsto no Código Penal, com pena de dois a seis anos de reclusão.

O sistema fará um mês nesta quinta. As câmeras cobrem Anhangabaú, centro histórico e novo, "cracolândia" e rua 25 de Março. O número de aparelhos deve chegar a 35 em 20 dias.

Além dos flanelinhas, as imagens mostram outros crimes. Segundo o inspetor Almeida, 75% das ocorrências são de consumo de droga e receptação (posse de produto roubado).

Os vídeos registram também uma mudança dos camelôs, que abandonaram três pontos: a saída do metrô Anhangabaú, a esquina da rua Barão de Itapetininga com a avenida Ipiranga e o cruzamento da rua Direita com a 15 de Novembro. Com isso, eles estão migrando para outras áreas, como o Pátio do Colégio, a região da avenida Paulista e a 25 de Março. "Eles estão indo para locais que receberão câmeras posteriormente", disse o inspetor.

"Quando colocaram a câmera na 24 de Maio, o rapa já começou a ficar mais em cima. Agora colocaram aqui na Barão de Itapetininga, ficou difícil demais", disse a camelô Dalva Dantas, de 43 anos. Outro flagrante levou à prisão de duas pessoas com 240 tubos de cola de sapateiro, no dia 20, no vale do Anhangabaú.

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