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31/08/2006 - 12h45

Polícia identifica dois suspeitos de seqüestrar funcionários da Globo

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ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo
da Folha Online

Foram identificados na terça-feira (29) mais dois suspeitos de envolvimento no seqüestro do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, 30, e do auxiliar técnico Alexandre Coelho Calado, 27, da Rede Globo, em São Paulo. Eles foram localizados por meio de informações dadas pelo manobrista Luciano José da Silva que, a mando do PCC, furtou o carro usado no crime.

Um dos suspeitos, Douglas de Moraes, dois dias após o seqüestro, foi detido por acaso pela PM. Ele era foragido da Justiça, pois havia fugido de uma prisão onde cumpria pena em regime semi-aberto, por roubo, e foi pego na porta de sua casa. Desde o dia 14, Moraes estava no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São Bernardo do Campo (ABC).

O segundo acusado é Sérgio Moura da Silva, o Mufamba. Ambos moram na favela do Kanão, no Brooklin (zona sul), que fica a poucos metros da sede da Rede Globo e da padaria de onde as duas vítimas foram levadas.

Ao interrogar Silva, a polícia descobriu que ele recebeu R$ 600 para roubar um carro, conforme as ordens dos criminosos responsáveis pela preparação da logística do seqüestro, mas o manobrista descumpriu o acordo e acabou furtando o carro --um Vectra-- do estacionamento onde trabalhava. Num primeiro momento, Silva disse à polícia ter recebido R$ 400 pelo carro.

Segundo o manobrista, Moraes e Mufamba, que também é procurado por furto e receptação, foram os responsáveis por passar informações sobre a rotina de alguns funcionários da Globo que costumavam ir à padaria.

De acordo com os retratos falados feitos por testemunhas, os três suspeitos envolvidos diretamente no arrebatamento dos funcionários da Globo são Carlos Antônio da Silva, 27, o Balengo, Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, 27, e Sherley Nogueira Santos, o Fininho, 34, todos do PCC.

Seqüestro

Portanova e Calado foram rendidos e obrigados a entrar em um Vectra na manhã do último dia 12, véspera do Dia dos Pais, em uma padaria próxima à emissora, na zona sul da cidade.

Mais tarde, à noite, os criminosos libertaram Calado nas proximidades da emissora com um DVD e a incumbência de garantir a exibição da filmagem, em troca da liberdade do colega. A exigência foi atendida horas depois.

No DVD, um suposto integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) aparece em frente a uma parede pichada com a sigla da facção e lê uma carta com críticas ao sistema penitenciário brasileiro e ao RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que impõe regras mais rígidas aos presos.

Portanova foi libertado 24 horas após a transmissão do vídeo. Nenhum dos dois ficou ferido.

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