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04/09/2006 - 10h32

PF prende 44 desde sexta-feira e investiga ligação com assalto ao BC

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da Folha Online

A PF (Polícia Federal) prendeu outras cinco pessoas no fim de semana, em megaoperação que culminou na prisão de ao menos 44 pessoas desde a última sexta-feira. A polícia tinha 56 mandados de prisão, autorizados pela Justiça Federal do Ceará. A operação Toupeira ocorre em oito Estados brasileiros.

Entre os presos, há suspeitos de envolvimento no assalto ao BC (Banco Central) de Fortaleza (CE), o maior no país, em 2005. O grupo levou R$ 164,8 milhões por um túnel. A PF também prendeu simpatizantes ou integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), à qual foram atribuídas três ondas de ataque em São Paulo, desde maio deste ano.

Entre os presos detidos no fim de semana estão um policial militar do Pará, dois responsáveis por uma fazenda em Tocantins onde foi escondida parte do dinheiro do BC e um flanelinha do Ceará, suspeito de receber parte do dinheiro roubado. Um quinto suspeito foi preso, mas a PF não divulgou informações sobre ele.

A operação começou com a revelação da escavação de um túnel por meio do qual seriam furtados cofres de duas agências: uma do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e outra da CEF (Caixa Econômica Federal), no centro de Porto Alegre (RS).

No Rio Grande do Sul, ao menos 26 pessoas foram presas, suspeitos de planejar um furto a dois bancos. Parte é suspeita de ter participado do assalto ao BC de Fortaleza e de seqüestrar uma equipe da Globo no mês passado.

Ligações

Entre os suspeitos de planejar furto a dois bancos presos nesta sexta-feira pela PF (Polícia Federal) está Lucivaldo Laurindo, suspeito de ter liderado o furto ao BC (Banco Central) de Fortaleza, o maior do país, e de ter ligação com o PCC, por meio de seu irmão.

Lucivaldo foi detido em Porto Alegre. Ele é irmão de Geovan Laurindo da Costa, preso na zona sul de São Paulo e considerado um dos "gerentes" do PCC na região. Geovan seria, segundo a polícia, um dos criminosos mais próximos de Luiz Fernando Ribeiro, o Fê, que teria financiado o furto do BC com R$ 300 mil.

Fê foi seqüestrado em São Paulo. Apesar de o resgate de R$ 2 milhões ter sido pago, ele foi encontrado morto em Minas, em outubro de 2005.

Globo

Um dos presos no túnel escavado em direção a dois bancos de Porto Alegre (RS) nesta sexta-feira é o ex-presidiário Carlos Alberto da Silva, o Balengo. Segundo informou a DAS (Divisão Anti-Seqüestro) de São Paulo, Balengo seria um dos envolvidos no seqüestro do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, 30, e do técnico Alexandre Coelho Calado, 27, da Rede Globo, no último dia 12, na zona sul de São Paulo.

Balengo teria agido ao lado de Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, 27, e Sherley Nogueira Santos, o Fininho, 34. Os três, de acordo com a Polícia Civil, são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Portanto, a prisão de Balengo aumenta as suspeitas de que a organização criminosa --que nasceu no sistema penitenciário paulista, em 1993-- esteja ligada ao planejamento do megafurto.

Nos últimos dias, o manobrista Luciano José da Silva foi preso acusado de ter roubado o carro usado no seqüestro. Com as informações dadas por ele, foram identificados mais dois suspeitos: Douglas de Moraes, preso por acaso pela PM (Polícia Militar), e Sérgio Moura da Silva, o Mufamba.

Seqüestro

Portanova e Calado foram rendidos e obrigados a entrar em um Vectra na manhã do último dia 12, véspera do Dia dos Pais, em uma padaria próxima à emissora, na zona sul da cidade.

Mais tarde, à noite, os criminosos libertaram Calado nas proximidades da emissora com um DVD e a incumbência de garantir a exibição da filmagem, em troca da liberdade do colega. A exigência foi atendida horas depois.

No DVD, um suposto integrante do PCC aparece em frente a uma parede pichada com a sigla da facção e lê uma carta com críticas ao sistema penitenciário brasileiro e ao RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que impõe regras mais rígidas aos presos.

Portanova foi libertado 24 horas após a transmissão do vídeo. Nenhum dos dois ficou ferido.

Propriedades

O delegado Getúlio Bezerra, da Polícia Federal, disse que suspeitos de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital) presos na megaoperação pela PF têm propriedades em diversos Estados, que serão investigadas pela polícia. O delegado não informou nem quantas e nem onde estão localizadas as propriedades.

A PF disse acreditar na existência de documentos importantes sobre o crime organizado nessas propriedades.

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