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05/09/2006 - 09h44

PF investiga imóveis da quadrilha de banco

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ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo

A Polícia Federal já identificou 11 imóveis espalhados pelo país --entre eles duas fazendas e um posto de gasolina-- sob suspeita de terem sido adquiridos com parte dos R$ 164,8 milhões furtados do Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005. O grupo, acusado pela PF de ligações com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital), teve frustrado, na sexta, um assalto --dessa vez a duas agências de Porto Alegre.

Agentes da PF também prenderam ontem o advogado Edson Campos Luziano, em São Bernardo, sob a acusação de ligação com a quadrilha de bancos do PCC. No começo da noite, a PF localizou, em uma casa em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, US$ 91 mil (R$ 193 mil) --dinheiro que também seria do furto ao BC.

Três dos 11 imóveis seqüestrados pela PF ficam em São Paulo, dois, no Pará, quatro, no Maranhão, um fica em Mato Grosso e outro, no Tocantins. Contando os 26 homens presos na sexta em Porto Alegre dentro do túnel que os levaria às agências bancárias, já foram presas 47 pessoas na Operação Facção Toupeira, que visa investigar o furto ao BC e o PCC.

Até agora, o delegado Marcelo Sabadin Baltazar e os investigadores da Delepat (Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio) localizaram duas casas (uma em Peruíbe, no litoral sul paulista, e outra no bairro Nossa Senhora do Carmo, na zona sul de SP) e uma chácara em São Bernardo do Campo.

A casa em Peruíbe pertence a Jeovan Laurindo da Costa, preso na sexta no Parque Bristol (zona sul) sob a acusação de ser uma espécie de gerente do PCC. No imóvel, sábado, foram apreendidos R$ 450 mil do BC. Costa é irmão de Lucivaldo Laurindo, apontado como um dos mentores do assalto.

O advogado Luziano também é suspeito de ter ligações com o integrante do PCC Reinaldo Teixeira dos Santos, 27, o Funchal, acusado de ter assassinado o juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47, em março de 2003, em Presidente Prudente. A PF não informou se Luziano tem advogado.

A PF também procura três pessoas identificadas apenas como Monstrinho, Lucas e Rosendo, que teriam ficado com parte do dinheiro pago pelos familiares do traficante Luiz Fernando Ribeiro, o Fê, em outubro de 2005, para os criminosos que o seqüestraram e o mataram. Fê deu R$ 300 mil para financiar o furto ao BC.

Imóveis pelo Brasil

A PF de Goiás prendeu o subtenente da reserva da PM Benedito Ferreira da Silva, 51, sob a suspeita de ligação com o furto ao BC. Silva foi preso na sexta em um posto de gasolina de sua propriedade, em Marabá (PA). Com ele, foram apreendidos R$ 20 mil e uma caminhonete. A Justiça seqüestrou o posto e uma fazenda dele.

No final de semana, equipes da PF no Maranhão descobriram um sítio, uma chácara, um hotel e uma loja de material de construção que, segundo as investigações, foram compradas com dinheiro do furto por Raimundo Laurindo Barbosa Neto, preso em Parnaíba (PI). Ele também tem uma fazenda em Pium (TO), onde no domingo foram apreendidos R$ 196 mil.

Neto, segundo a PF, disse ter ficado com R$ 4,8 milhões do caixa-forte. O dinheiro, porém, não foi localizado. Em Mato Grosso, a PF descobriu uma fazenda em Rondonópolis que também pode ter sido comprada com recursos do furto.

Delação premiada

Os 26 presos acusados de tentar assaltar as duas agências em Porto Alegre recusaram os benefícios da delação premiada oferecidos ontem pela PF. "A recusa se deve aos códigos deles. Quem delata fica marcado", diz o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, José Francisco Mallmann, esclarecendo que a delação é sugerida e depois, se aceita, pedida oficialmente à Justiça Federal. O benefício é a redução da pena.

Colaborou a Agência Folha

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