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07/09/2006
-
22h32
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
A promotora de Justiça e Cidadania do Guarujá (87 km a sudeste da capital), Juliana de Sousa Andrade, instaurou inquérito civil para apurar se houve improbidade administrativa por parte dos vereadores que aparecem em um vídeo em um suposto esquema de corrupção.
O vídeo, divulgado pela TV Bandeirantes, foi gravado por uma câmera escondida na Câmara do Guarujá. As imagens mostram o presidente do Legislativo, Gilson Fidalgo Salgado (PMDB), distribuindo dinheiro para vereadores.
Segundo a denúncia, feita por um homem que não quis se identificar, os vereadores receberiam R$ 10 mil por mês. Empresas interessadas em vencer licitações da prefeitura seriam as fontes do dinheiro. Há a suspeita de que a propina serviria para os vereadores apoiarem projetos do prefeito Farid Madi (PDT).
A promotora afirmou ter informado os promotores criminais sobre o caso e disse que haverá uma investigação conjunta. Segundo ela, a investigação tentará apurar de onde veio o dinheiro e com que finalidade era entregue aos vereadores.
Andrade afirmou que ainda não há provas contra o prefeito. "Na realidade, há indícios. Prova contundente tem contra quem apareceu no vídeo. Vamos investigar a origem desse dinheiro, de onde veio."
Apesar de ainda não ter visto o vídeo, ela recebeu do Ministério Público de São Paulo um relatório sobre o conteúdo das imagens. Segundo a promotora, a investigação poderá resultar no arquivamento do caso ou em uma ação civil pública.
Outro lado
Em nota, o presidente da Câmara afirmou ter determinado instauração de procedimento para "apurar a natureza do conteúdo do material que deu origem à notícia".
"É de conhecimento público que existe na cidade disputa silenciosa entre as várias vertentes políticas que, para atender apenas a seus interesses, querem abalar as instituições constitucionalmente instaladas."
A Folha deixou recados na caixa-postal do celular do vereador, mas não foi atendida até o fechamento desta edição.
Também por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, o prefeito Farid Madi negou "qualquer tipo de acordo financeiro com os vereadores da Câmara Municipal" e afirmou que "as explicações sobre as imagens e diálogos mostrados na matéria devem ser dadas pelos próprios vereadores".
Segundo o texto, eventuais irregularidades devem ser apuradas pelo Ministério Público. O prefeito acredita que a tentativa de envolver seu nome nas denúncias pode ter motivação política. "O fato ocorre logo após a divulgação de pesquisa, que aponta a primeira-dama, Haifa Madi (PDT), candidata a deputada estadual, como líder de intenção de votos em toda a região da Baixada Santista."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre denúncias contra vereadores
Promotora investiga denúncia contra vereadores do Guarujá
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da Agência Folha, em Santos
A promotora de Justiça e Cidadania do Guarujá (87 km a sudeste da capital), Juliana de Sousa Andrade, instaurou inquérito civil para apurar se houve improbidade administrativa por parte dos vereadores que aparecem em um vídeo em um suposto esquema de corrupção.
O vídeo, divulgado pela TV Bandeirantes, foi gravado por uma câmera escondida na Câmara do Guarujá. As imagens mostram o presidente do Legislativo, Gilson Fidalgo Salgado (PMDB), distribuindo dinheiro para vereadores.
Segundo a denúncia, feita por um homem que não quis se identificar, os vereadores receberiam R$ 10 mil por mês. Empresas interessadas em vencer licitações da prefeitura seriam as fontes do dinheiro. Há a suspeita de que a propina serviria para os vereadores apoiarem projetos do prefeito Farid Madi (PDT).
A promotora afirmou ter informado os promotores criminais sobre o caso e disse que haverá uma investigação conjunta. Segundo ela, a investigação tentará apurar de onde veio o dinheiro e com que finalidade era entregue aos vereadores.
Andrade afirmou que ainda não há provas contra o prefeito. "Na realidade, há indícios. Prova contundente tem contra quem apareceu no vídeo. Vamos investigar a origem desse dinheiro, de onde veio."
Apesar de ainda não ter visto o vídeo, ela recebeu do Ministério Público de São Paulo um relatório sobre o conteúdo das imagens. Segundo a promotora, a investigação poderá resultar no arquivamento do caso ou em uma ação civil pública.
Outro lado
Em nota, o presidente da Câmara afirmou ter determinado instauração de procedimento para "apurar a natureza do conteúdo do material que deu origem à notícia".
"É de conhecimento público que existe na cidade disputa silenciosa entre as várias vertentes políticas que, para atender apenas a seus interesses, querem abalar as instituições constitucionalmente instaladas."
A Folha deixou recados na caixa-postal do celular do vereador, mas não foi atendida até o fechamento desta edição.
Também por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, o prefeito Farid Madi negou "qualquer tipo de acordo financeiro com os vereadores da Câmara Municipal" e afirmou que "as explicações sobre as imagens e diálogos mostrados na matéria devem ser dadas pelos próprios vereadores".
Segundo o texto, eventuais irregularidades devem ser apuradas pelo Ministério Público. O prefeito acredita que a tentativa de envolver seu nome nas denúncias pode ter motivação política. "O fato ocorre logo após a divulgação de pesquisa, que aponta a primeira-dama, Haifa Madi (PDT), candidata a deputada estadual, como líder de intenção de votos em toda a região da Baixada Santista."
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