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20/10/2000
-
04h11
JAIRO MARQUES, da Agência Folha
O Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida -180 dias. Mas as mães brasileiras estão amamentando os seus filhos somente com o leite do peito por 33,7 dias.
Na avaliação do ministério, apesar de o índice ainda ser baixo, o país vem conseguindo avanços significativos na área.
A região Sul detém a melhor taxa em relação ao aleitamento exclusivo (53,1 dias). O Nordeste vem na segunda posição (38,2).
Fortaleza é a capital brasileira que registra o melhor índice (77,2 dias). As capitais do Sudeste ficaram com o pior (17,2 dias).
As informações são da pesquisa "Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e no Distrito Federal", realizada pela Área de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde.
O levantamento revelou, pela primeira vez no país, os índices de amamentação exclusiva, considerada a mais apropriada.
Florianópolis ficou em 3º lugar no ranking das capitais com melhor índice (67,6 dias).
A capital mineira ficou em penúltimo lugar no ranking das capitais (9,6 dias). A assessoria da Secretaria Municipal da Saúde de Belo Horizonte informou que não tinha conhecimento sobre os dados da pesquisa e que, portanto, não teria comentários a fazer.
Entraves
A falta de informação da população sobre a importância do aleitamento exclusivo é um dos problemas enfrentados pelos órgãos de saúde para alavancar os índices. O despreparo dos profissionais de saúde também é apontada como um fator limitante.
O Ministério da Saúde cita ainda, como entraves, os descumprimentos das leis que garantem às mães o direito de amamentar os filhos e a propaganda abusiva de leites infantis, de chupetas e de mamadeiras.
Até 96, os levantamentos indicavam apenas o aleitamento predominante (aquele em que a criança também recebe água, chá e sucos). Esse tipo de amamentação vem crescendo no país desde 1974, quando a duração média ficou em 74 dias, saltando para 134, em 1989, e para 210, em 1996.
Crescimento
Os dados de 1999 da pesquisa relativos ao aleitamento predominante ainda não foram concluídos, mas a duração mínima encontrada foi 274 dias, e a máxima, 990 dias.
O Brasil é o segundo país do mundo onde mais cresceu a prática do aleitamento, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
De acordo com técnicos em aleitamento materno do ministério, o aleitamento predominante não é o ideal para a criança porque estimula o desmame mais precocemente. A criança se acostuma com o bico da mamadeira e passa a rejeitar o peito.
Segundo o Ministério da Saúde, iniciativas como o projeto Carteiro Amigo, os bancos de leite (o Brasil é o pais que mais possui bancos de leite no mundo: 127) e o aumento do número de hospitais com o título "Amigo da Criança" -164- fizeram com que o Nordeste alcançasse índices melhores do que o Sudeste.
A pesquisa ainda não foi concluída, mas já se sabe que, quando se trata de aleitamento materno de forma geral (exclusivo ou não), a região Norte obteve os melhores resultados -os dados não foram divulgados.
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Brasileiras amamentam por apenas 34 dias
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O Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida -180 dias. Mas as mães brasileiras estão amamentando os seus filhos somente com o leite do peito por 33,7 dias.
Na avaliação do ministério, apesar de o índice ainda ser baixo, o país vem conseguindo avanços significativos na área.
A região Sul detém a melhor taxa em relação ao aleitamento exclusivo (53,1 dias). O Nordeste vem na segunda posição (38,2).
Fortaleza é a capital brasileira que registra o melhor índice (77,2 dias). As capitais do Sudeste ficaram com o pior (17,2 dias).
As informações são da pesquisa "Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e no Distrito Federal", realizada pela Área de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde.
O levantamento revelou, pela primeira vez no país, os índices de amamentação exclusiva, considerada a mais apropriada.
Florianópolis ficou em 3º lugar no ranking das capitais com melhor índice (67,6 dias).
A capital mineira ficou em penúltimo lugar no ranking das capitais (9,6 dias). A assessoria da Secretaria Municipal da Saúde de Belo Horizonte informou que não tinha conhecimento sobre os dados da pesquisa e que, portanto, não teria comentários a fazer.
Entraves
A falta de informação da população sobre a importância do aleitamento exclusivo é um dos problemas enfrentados pelos órgãos de saúde para alavancar os índices. O despreparo dos profissionais de saúde também é apontada como um fator limitante.
O Ministério da Saúde cita ainda, como entraves, os descumprimentos das leis que garantem às mães o direito de amamentar os filhos e a propaganda abusiva de leites infantis, de chupetas e de mamadeiras.
Até 96, os levantamentos indicavam apenas o aleitamento predominante (aquele em que a criança também recebe água, chá e sucos). Esse tipo de amamentação vem crescendo no país desde 1974, quando a duração média ficou em 74 dias, saltando para 134, em 1989, e para 210, em 1996.
Crescimento
Os dados de 1999 da pesquisa relativos ao aleitamento predominante ainda não foram concluídos, mas a duração mínima encontrada foi 274 dias, e a máxima, 990 dias.
O Brasil é o segundo país do mundo onde mais cresceu a prática do aleitamento, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
De acordo com técnicos em aleitamento materno do ministério, o aleitamento predominante não é o ideal para a criança porque estimula o desmame mais precocemente. A criança se acostuma com o bico da mamadeira e passa a rejeitar o peito.
Segundo o Ministério da Saúde, iniciativas como o projeto Carteiro Amigo, os bancos de leite (o Brasil é o pais que mais possui bancos de leite no mundo: 127) e o aumento do número de hospitais com o título "Amigo da Criança" -164- fizeram com que o Nordeste alcançasse índices melhores do que o Sudeste.
A pesquisa ainda não foi concluída, mas já se sabe que, quando se trata de aleitamento materno de forma geral (exclusivo ou não), a região Norte obteve os melhores resultados -os dados não foram divulgados.
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