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10/09/2006
-
09h13
LAURA CAPRIGLIONE
da Folha de S.Paulo
A julgar pelo que dizem de si os brasileiros, este é um país de gente feliz. Nada menos do que 76% (três em cada quatro) dos 7.724 entrevistados pelo Datafolha nos últimos dias 4 e 5, em 349 municípios, consideram-se "felizes". A taxa é 11 pontos percentuais maior do que a registrada em um estudo de 1996 sobre o mesmo tema, quando 65% disseram-se felizes.
O Datafolha também perguntou a cada entrevistado: "E os brasileiros, de um modo geral, na sua opinião, são pessoas felizes, mais ou menos felizes ou infelizes?". Nesse caso, apenas 28% declararam que os brasileiros são "felizes".
Bem menor (48 pontos percentuais a menos) que o índice de felicidade referente ao próprio entrevistado, mesmo assim a taxa dos que consideram os brasileiros "felizes" é cinco pontos percentuais maior do que a verificada em 1996, quando 23% escolheram essa alternativa. Do outro lado do espectro, a taxa dos que avaliam os brasileiros como "infelizes" caiu de 18% para 13%.
O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, autor de "Felicidade" (Cia. das Letras), livro de 2002, não vê contradição. "Quando a pergunta se refere à pessoa do entrevistado, o que ele faz é olhar para para o seu estado de ânimo. Quando a pergunta se refere aos brasileiros em geral, o entrevistado pensa em condições de moradia, renda, segurança, emprego."
Em 1996, o governo era de Fernando Henrique Cardoso. A facção criminosa Primeiro Comando da Capital ainda engatinhava nas cadeias. O desemprego atingiu 6% dos trabalhadores. Em 2006, o taxa de desemprego ficou em 10,1%, o governo é Lula e o PCC...
Giannetti arrisca uma explicação para o aumento do "coro dos contentes". "Talvez o brasileiro esteja mais resignado." Ele cita o padre Antônio Vieira: "Quereis só o que podeis e sereis onipotentes", dizia o jesuíta há mais de 300 anos. Pode ser. Há outras hipóteses.
Colaborou VINICIUS ABBATE
Especial
Leia o que já foi publicado sobre auto-estima e otimismo
76% dos brasileiros dizem ser felizes
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da Folha de S.Paulo
A julgar pelo que dizem de si os brasileiros, este é um país de gente feliz. Nada menos do que 76% (três em cada quatro) dos 7.724 entrevistados pelo Datafolha nos últimos dias 4 e 5, em 349 municípios, consideram-se "felizes". A taxa é 11 pontos percentuais maior do que a registrada em um estudo de 1996 sobre o mesmo tema, quando 65% disseram-se felizes.
O Datafolha também perguntou a cada entrevistado: "E os brasileiros, de um modo geral, na sua opinião, são pessoas felizes, mais ou menos felizes ou infelizes?". Nesse caso, apenas 28% declararam que os brasileiros são "felizes".
Bem menor (48 pontos percentuais a menos) que o índice de felicidade referente ao próprio entrevistado, mesmo assim a taxa dos que consideram os brasileiros "felizes" é cinco pontos percentuais maior do que a verificada em 1996, quando 23% escolheram essa alternativa. Do outro lado do espectro, a taxa dos que avaliam os brasileiros como "infelizes" caiu de 18% para 13%.
O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, autor de "Felicidade" (Cia. das Letras), livro de 2002, não vê contradição. "Quando a pergunta se refere à pessoa do entrevistado, o que ele faz é olhar para para o seu estado de ânimo. Quando a pergunta se refere aos brasileiros em geral, o entrevistado pensa em condições de moradia, renda, segurança, emprego."
Em 1996, o governo era de Fernando Henrique Cardoso. A facção criminosa Primeiro Comando da Capital ainda engatinhava nas cadeias. O desemprego atingiu 6% dos trabalhadores. Em 2006, o taxa de desemprego ficou em 10,1%, o governo é Lula e o PCC...
Giannetti arrisca uma explicação para o aumento do "coro dos contentes". "Talvez o brasileiro esteja mais resignado." Ele cita o padre Antônio Vieira: "Quereis só o que podeis e sereis onipotentes", dizia o jesuíta há mais de 300 anos. Pode ser. Há outras hipóteses.
Colaborou VINICIUS ABBATE
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