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12/09/2006
-
11h56
da Folha Online
Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) retomaram na manhã desta terça-feira os depoimentos sobre o assassinato do deputado estadual e coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães (PTB), 63, assassinado com um tiro no último fim de semana. A namorada do coronel, a advogada Carla Ceppolina, 40, chegou ao DHPP por volta das 11h para ser ouvida formalmente.
Na segunda, ela prestou depoimento informal. Segundo a polícia, Carla negou a autoria do crime e disse ter discutido com o namorado no sábado. O motivo seria o telefonema de outra mulher, recebido pelo coronel. A advogada foi a última pessoa vista com Ubiratan.
A informação sobre a horário de chegada de Carla ao DHPP foi dada por um policial, por volta das 11h30. Ela teria entrado pelos fundos do prédio, a partir do Dird (Departamento de Identificação e Registros Diversos da Polícia Civil).
Segundo policiais ouvidos pela reportagem, uma passarela dá acesso do Dird ao DHPP, mas a porta que separa os dois departamentos é aberta apenas pelo delegado. Na segunda-feira, também para evitar a imprensa, Carla deixou o prédio do DHPP em um carro da polícia.
A polícia busca pistas que levem ao autor do tiro que causou a morte do coronel e, somente na segunda-feira, ouviu oito pessoas. A principal suspeita é de crime passional. Por isso, as últimas relações amorosas do coronel deverão ser investigadas.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins --área nobre da zona oeste da cidade.
O corpo foi encontrado na noite de domingo, mas a polícia suspeita que o crime tenha ocorrido na noite de sábado. O coronel estava caído na sala, apenas com uma toalha enrolada na cintura.
Conforme a polícia, o disparo foi feito a mais de um metro de distância. É possível que Ubiratan estivesse sentado e tenha sido baleado ao levantar. O tiro que atingiu Ubiratan foi ouvido por apenas uma moradora do prédio.
Investigação
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), descartou o possível envolvimento do crime organizado no assassinato. Já o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, e o delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP, disseram que nenhuma hipótese pode ser descartada ainda.
Alguns detalhes da cena do crime reforçam a suspeita de motivação passional, de acordo com a polícia. Não havia sinais de luta no apartamento e a porta da área de serviço estava aberta. Além disso, o coronel foi atingido por um único tiro, o que enfraquece a tese de eliminação ou vingança, segundo peritos. Neste caso, o criminoso dispararia mais de um tiro, e em uma região mais mortal --como a cabeça--, segundo peritos.
Segundo o delegado do DHPP, uma arma calibre 38 desapareceu do apartamento do coronel. Porém, segundo ele, somente a perícia poderá confirmar se o tiro que causou a morte do coronel coincide com o calibre da arma levada.
Colaboraram FAUSTO SALVADORI e TATIANA FÁVARO, da Folha Online; LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online; e Folha de S.Paulo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o coronel Ubiratan
Leia a cobertura completa sobre a morte do coronel Ubiratan
Polícia ouve namorada de Ubiratan em busca de pistas sobre morte
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Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) retomaram na manhã desta terça-feira os depoimentos sobre o assassinato do deputado estadual e coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães (PTB), 63, assassinado com um tiro no último fim de semana. A namorada do coronel, a advogada Carla Ceppolina, 40, chegou ao DHPP por volta das 11h para ser ouvida formalmente.
Na segunda, ela prestou depoimento informal. Segundo a polícia, Carla negou a autoria do crime e disse ter discutido com o namorado no sábado. O motivo seria o telefonema de outra mulher, recebido pelo coronel. A advogada foi a última pessoa vista com Ubiratan.
Folha Imagem |
Coronel Ubiratan Guimarães, assassinado com um tiro em casa, em São Paulo |
A informação sobre a horário de chegada de Carla ao DHPP foi dada por um policial, por volta das 11h30. Ela teria entrado pelos fundos do prédio, a partir do Dird (Departamento de Identificação e Registros Diversos da Polícia Civil).
Segundo policiais ouvidos pela reportagem, uma passarela dá acesso do Dird ao DHPP, mas a porta que separa os dois departamentos é aberta apenas pelo delegado. Na segunda-feira, também para evitar a imprensa, Carla deixou o prédio do DHPP em um carro da polícia.
A polícia busca pistas que levem ao autor do tiro que causou a morte do coronel e, somente na segunda-feira, ouviu oito pessoas. A principal suspeita é de crime passional. Por isso, as últimas relações amorosas do coronel deverão ser investigadas.
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins --área nobre da zona oeste da cidade.
O corpo foi encontrado na noite de domingo, mas a polícia suspeita que o crime tenha ocorrido na noite de sábado. O coronel estava caído na sala, apenas com uma toalha enrolada na cintura.
Conforme a polícia, o disparo foi feito a mais de um metro de distância. É possível que Ubiratan estivesse sentado e tenha sido baleado ao levantar. O tiro que atingiu Ubiratan foi ouvido por apenas uma moradora do prédio.
Investigação
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), descartou o possível envolvimento do crime organizado no assassinato. Já o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, e o delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP, disseram que nenhuma hipótese pode ser descartada ainda.
Alguns detalhes da cena do crime reforçam a suspeita de motivação passional, de acordo com a polícia. Não havia sinais de luta no apartamento e a porta da área de serviço estava aberta. Além disso, o coronel foi atingido por um único tiro, o que enfraquece a tese de eliminação ou vingança, segundo peritos. Neste caso, o criminoso dispararia mais de um tiro, e em uma região mais mortal --como a cabeça--, segundo peritos.
Segundo o delegado do DHPP, uma arma calibre 38 desapareceu do apartamento do coronel. Porém, segundo ele, somente a perícia poderá confirmar se o tiro que causou a morte do coronel coincide com o calibre da arma levada.
Colaboraram FAUSTO SALVADORI e TATIANA FÁVARO, da Folha Online; LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online; e Folha de S.Paulo
Especial
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