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15/09/2006 - 10h03

Acordo beneficiou facção criminosa em SP, diz secretário

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MARIANA TAMARI
da Folha de S.Paulo

O atual secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, disse ontem, durante entrevista coletiva, que, quando assumiu a pasta, teve que instalar o "princípio de autoridade", que estava desgastado, "uma vez que havia muita composição com facções criminosas que existem dentro dos presídios", um legado de gestões anteriores à sua.

"Isso faz parte de todo um histórico passado que não cabe a mim repetir, mas o caos se estabeleceu exatamente por causa disso, por causa de uma política de administração penitenciária equivocada na gestão do sistema prisional", afirmou ele --sem detalhar, no entanto, o que acontecia.

Ferreira Pinto assumiu o cargo no final de maio, mês da primeira onda de ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), no lugar de Nagashi Furukawa. Ao deixar a função, este alegou "divergências ideológicas" com o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho. Ao assumir a gestão das prisões no lugar de Furukawa, Ferreira Pinto criticou o antecessor e enalteceu o trabalho de Saulo.

Elogiado ontem pelo governador Cláudio Lembo (PFL) durante a assinatura de um termo de cooperação para teleaudiências, Ferreira Pinto disse estar só aplicando a Lei de Execuções Penais e tratando os detentos dignamente. "Só não fazemos concessões indevidas. Implantamos um regime para instalar a autoridade, princípio de autoridade, que estava totalmente desgastado, uma vez que havia muita composição com facções criminosas que existem dentro dos presídios."

Outro lado

Nagashi Furukawa, antecessor de Antônio Ferreira Pinto, disse que não houve nenhuma composição com facção em sua gestão.

Quanto ao "histórico" da pasta, afirmou que, "se ele se refere também à gestão do João Benedito [Azevedo, anterior a Furukawa], o coordenador das penitenciárias na época era o atual secretário-adjunto do Ferreira [Lourival Gomes]. Se havia acordo em gestões anteriores à minha, o que desconheço, mas, se havia, foi feito pelo próprio secretário-adjunto do Ferreira, que tinha contato direto com presos".

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