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22/09/2006
-
09h09
da Folha de S.Paulo
do Agora
Apontado pela polícia paulista como um dos principais focos de investigação sobre a morte do coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães, o cruzamento de ligações telefônicas não ajudou a esclarecer até ontem a autoria do crime, apesar de dar detalhes das circunstâncias do assassinato.
Dados conseguidos por meio da quebra de sigilos telefônicos de Ubiratan, de Carla Cepollina, namorada do coronel, e de outras seis pessoas não revelam ligações comprometedoras no período aproximado da morte de Ubiratan, segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
De acordo com esse cruzamento, Carla ligou para sua mãe, a advogada Liliana Prinzivalli, antes das 19h e por volta das 20h30 do último dia 9, data do crime. A polícia calcula, a partir de dados do Instituto do Médico Legal, que o coronel foi morto entre as 19h30 e as 20h30 do mesmo dia.
A primeira ligação, feita por Carla do telefone fixo do apartamento de Ubiratan, ocorreu quando o coronel ainda estava vivo. A ligação durou quatro minutos. Logo após, às 19h03, o coronel conversou com a amiga Renata Madi, delegada da PF, pelo mesmo telefone.
Também segundo os dados telefônicos, Carla fez outra ligação para a mãe, agora de seu telefone celular, por volta das 20h30. Segundo os policiais, esse telefonema foi feito fora do apartamento de Ubiratan.
Esse dado reforça o horário de saída do prédio do coronel fornecido por Carla à polícia. Funcionários do prédio afirmaram ter visto Carla sair do local depois das 21h.
Liliana Prinzivalli confirmou ontem ter conversado com a filha, por telefone, na noite do crime. Ela afirmou que recebeu uma ligação da filha, feita do telefone do apartamento de Ubiratan, na qual ela perguntou sobre parentes. A advogada também disse que ligou para o celular de Carla para pedir que ela voltasse para casa porque Ubiratan "era muito visado". Por último, Carla teria ligado de celular para perguntar se ela queria ver um DVD.
Hora da morte
Apesar de os dados não ajudarem no esclarecimento da autoria, a polícia acredita que as ligações colaboraram para definir o horário mais aproximado da morte do coronel.
Os policiais avaliam que ele teria sido assassinado entre as 19h03, quando o coronel conversou pela última vez ao telefone, e as 20h30, quando as ligações cessaram.
Ubiratan recebeu um tiro no abdômen. Laudo necroscópico do IML revelou que o disparo atingiu uma veia que leva sangue ao coração. Ele sofreu uma forte hemorragia, que provocou um infarto. Ubiratan morreu em poucos minutos.
Liliana também afirmou ontem que ligou para o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antonio Desgualdo, às 22h do dia 10, logo depois de saber da morte do coronel. O corpo de Ubiratan foi encontrado por volta desse horário, por dois assessores.
"Liguei na tentativa de ajudar, avisar que haviam matado o coronel", disse Liliana, que mantêm relação próxima com a cúpula da polícia. Desgualdo, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou a ligação, mas não soube apontar o horário do telefonema.
A polícia espera o resultado de quatro exames: bioquímico (irá analisar o que a vítima comeu), químico (verificará se há indício de pólvora nas roupas de Carla e tentará saber qual é o sangue na toalha encontrada no apartamento) físico (as roupas e toalhas passarão por um microscópio eletrônico) e balística (trajetória do projétil).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o coronel Ubiratan
Leia a cobertura completa sobre a morte do coronel Ubiratan
Telefonemas não apontam assassino no caso Ubiratan
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do Agora
Apontado pela polícia paulista como um dos principais focos de investigação sobre a morte do coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães, o cruzamento de ligações telefônicas não ajudou a esclarecer até ontem a autoria do crime, apesar de dar detalhes das circunstâncias do assassinato.
Dados conseguidos por meio da quebra de sigilos telefônicos de Ubiratan, de Carla Cepollina, namorada do coronel, e de outras seis pessoas não revelam ligações comprometedoras no período aproximado da morte de Ubiratan, segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
De acordo com esse cruzamento, Carla ligou para sua mãe, a advogada Liliana Prinzivalli, antes das 19h e por volta das 20h30 do último dia 9, data do crime. A polícia calcula, a partir de dados do Instituto do Médico Legal, que o coronel foi morto entre as 19h30 e as 20h30 do mesmo dia.
A primeira ligação, feita por Carla do telefone fixo do apartamento de Ubiratan, ocorreu quando o coronel ainda estava vivo. A ligação durou quatro minutos. Logo após, às 19h03, o coronel conversou com a amiga Renata Madi, delegada da PF, pelo mesmo telefone.
Também segundo os dados telefônicos, Carla fez outra ligação para a mãe, agora de seu telefone celular, por volta das 20h30. Segundo os policiais, esse telefonema foi feito fora do apartamento de Ubiratan.
Esse dado reforça o horário de saída do prédio do coronel fornecido por Carla à polícia. Funcionários do prédio afirmaram ter visto Carla sair do local depois das 21h.
Liliana Prinzivalli confirmou ontem ter conversado com a filha, por telefone, na noite do crime. Ela afirmou que recebeu uma ligação da filha, feita do telefone do apartamento de Ubiratan, na qual ela perguntou sobre parentes. A advogada também disse que ligou para o celular de Carla para pedir que ela voltasse para casa porque Ubiratan "era muito visado". Por último, Carla teria ligado de celular para perguntar se ela queria ver um DVD.
Hora da morte
Apesar de os dados não ajudarem no esclarecimento da autoria, a polícia acredita que as ligações colaboraram para definir o horário mais aproximado da morte do coronel.
Os policiais avaliam que ele teria sido assassinado entre as 19h03, quando o coronel conversou pela última vez ao telefone, e as 20h30, quando as ligações cessaram.
Ubiratan recebeu um tiro no abdômen. Laudo necroscópico do IML revelou que o disparo atingiu uma veia que leva sangue ao coração. Ele sofreu uma forte hemorragia, que provocou um infarto. Ubiratan morreu em poucos minutos.
Liliana também afirmou ontem que ligou para o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antonio Desgualdo, às 22h do dia 10, logo depois de saber da morte do coronel. O corpo de Ubiratan foi encontrado por volta desse horário, por dois assessores.
"Liguei na tentativa de ajudar, avisar que haviam matado o coronel", disse Liliana, que mantêm relação próxima com a cúpula da polícia. Desgualdo, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou a ligação, mas não soube apontar o horário do telefonema.
A polícia espera o resultado de quatro exames: bioquímico (irá analisar o que a vítima comeu), químico (verificará se há indício de pólvora nas roupas de Carla e tentará saber qual é o sangue na toalha encontrada no apartamento) físico (as roupas e toalhas passarão por um microscópio eletrônico) e balística (trajetória do projétil).
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