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25/09/2006 - 23h27

Namorada de Ubiratan deve ser indiciada nesta terça-feira

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da Folha Online

A Polícia Civil de São Paulo deve indiciar nesta terça-feira (26) a advogada Carla Cepollina, 40, pelo assassinato do namorado dela, o coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual Ubiratan Guimarães.

Guimarães foi morto há 16 dias. Desde então, Cepollina já depôs quatro vezes a policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). A primeira ocorreu no dia 11, informalmente. Nos dias 12 e 13, ela depôs novamente como testemunha do caso e chegou a entregar seus passaportes --um brasileiro e outro italiano, de onde ela tem cidadania-- à polícia, para provar que não fugiria.

O quarto interrogatório da namorada do coronel, que desta vez é ouvida na condição de suspeita, começou hoje. O depoimento foi iniciado pela manhã e interrompido no fim da tarde. Como nas outras vezes, ela negou ter matado o namorado.

Cepollina saiu em seu carro, seguida por policiais que foram a seu apartamento, na zona sul de São Paulo, em busca de provas.

A expectativa era a de que ela já deixasse o DHPP indiciada, o que não aconteceu devido à interrupção do depoimento. O interrogatório faz parte das primeiras formalidades para o indiciamento. "O indiciamento é mais que uma possibilidade é uma probalidade", afirmou o promotor que acompanha o caso, Luis Fernando Vaggione.

Crime

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan morreu com um tiro no abdômen. O corpo foi encontrado na noite do dia 10, enrolado em uma toalha, no apartamento dele, nos jardins, zona oeste de São Paulo.

Uma das sete armas que o coronel mantinha em casa --um revólver calibre 38-- não foi encontrada no local do crime. Segundo a polícia, o coronel foi morto com uma bala do mesmo calibre, que poderia ser de uma munição especial, segundo o advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione.

Depoimento

Segundo informações da polícia, na primeira vez que foi ouvida Cepollina teria confirmado uma discussão com Ubiratan por causa de um telefonema recebido na noite de sábado, de uma delegada da Polícia Federal, amiga de Ubiratan. A mãe da namorada do coronel negou que tenha havido uma briga entre os dois.

Na semana passada, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou um habeas corpus preventivo pedido em favor de Cepollina. O pedido havia sido feito pela mãe de Carla, alegando coação ilegal, de acordo com o tribunal. Em sua decisão, o desembargador José Orestes de Souza Nery, da 9ª Câmara Criminal, não há evidências de ilegalidade.

A investigação corre sob segredo de Justiça, determinado pelo juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri, no dia 15. No mesmo dia, Chequini determinou a quebra de sigilo telefônico do coronel, de sua namorada e de mais seis pessoas.

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