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29/09/2006
-
20h44
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
THIAGO REIS
da Agência Folha
Uma fazenda particular em Rondonópolis (219 km de Cuiabá-MT), que foi seqüestrada pela Justiça sob suspeita de ter sido adquirida com parte dos R$ 164,8 milhões furtados do Banco Central de Fortaleza (CE), em agosto de 2005, foi invadida por sem-terra.
A invasão à propriedade foi realizada por cerca de cem famílias ligadas ao MTA (Movimento dos Trabalhadores Acampados e Assentados) na madrugada de quarta-feira (27).
A fazenda é um dos 11 bens seqüestrados pela Justiça depois da Operação Facção Toupeira. Nela, a PF frustrou um possível assalto a bancos de Porto Alegre (RS) organizado por pessoas que, de acordo com o órgão federal, tinham ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e com o assalto ao Banco Central de Fortaleza.
Segundo Rosalvo Martins, um dos coordenadores do MTA, a fazenda foi escolhida justamente por causa da ligação com o PCC e o furto no BC. "O dinheiro era roubado. Nós vimos na TV e, então, resolvemos invadir", afirmou.
Martins disse que nesta sexta-feira "um rapaz passou na porta e gritou: "o MTA entrou no lugar errado. Aqui é do PCC".
Entre os bens seqüestrados pela Justiça há ainda uma outra fazenda e um posto de gasolina. Os outros imóveis ficam em São Paulo, no Pará, no Maranhão e em Tocantins.
Em algumas das propriedades, a PF apreendeu dinheiro em espécie. No total, foram quase R$ 1 milhão.
O órgão já afirmou que têm provas que demonstram que parte do dinheiro levado do BC financiou rebeliões em presídios e ataques da facção criminosa no Estado de São Paulo.
O delegado Alex Sandro Biegas, da PF de Rondonópolis, disse que um documento sobre a invasão foi encaminhado à sede da PF em Brasília. Em Brasília, a assessoria de imprensa da Polícia Federal disse que não foi informada da invasão. Biegas ainda não sabe que medida jurídica será tomada.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) do Estado também não possuía informações da fazenda e da invasão. O órgão afirmou que não possui informações sobre a propriedade pois a fazenda não é da União.
O MTA é um movimento que se formou depois de uma dissidência do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) regional. Ele atua há cerca de cinco anos em Mato Grosso. Em 2003, lideranças do MTA e do MST chegaram a entrar em confronto durante uma invasão do Incra em Cuiabá. A Folha não conseguiu falar com o dono da fazenda.
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Sem-terra invadem fazenda comprada com dinheiro do furto no BC
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THIAGO REIS
da Agência Folha
Uma fazenda particular em Rondonópolis (219 km de Cuiabá-MT), que foi seqüestrada pela Justiça sob suspeita de ter sido adquirida com parte dos R$ 164,8 milhões furtados do Banco Central de Fortaleza (CE), em agosto de 2005, foi invadida por sem-terra.
A invasão à propriedade foi realizada por cerca de cem famílias ligadas ao MTA (Movimento dos Trabalhadores Acampados e Assentados) na madrugada de quarta-feira (27).
A fazenda é um dos 11 bens seqüestrados pela Justiça depois da Operação Facção Toupeira. Nela, a PF frustrou um possível assalto a bancos de Porto Alegre (RS) organizado por pessoas que, de acordo com o órgão federal, tinham ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e com o assalto ao Banco Central de Fortaleza.
Segundo Rosalvo Martins, um dos coordenadores do MTA, a fazenda foi escolhida justamente por causa da ligação com o PCC e o furto no BC. "O dinheiro era roubado. Nós vimos na TV e, então, resolvemos invadir", afirmou.
Martins disse que nesta sexta-feira "um rapaz passou na porta e gritou: "o MTA entrou no lugar errado. Aqui é do PCC".
Entre os bens seqüestrados pela Justiça há ainda uma outra fazenda e um posto de gasolina. Os outros imóveis ficam em São Paulo, no Pará, no Maranhão e em Tocantins.
Em algumas das propriedades, a PF apreendeu dinheiro em espécie. No total, foram quase R$ 1 milhão.
O órgão já afirmou que têm provas que demonstram que parte do dinheiro levado do BC financiou rebeliões em presídios e ataques da facção criminosa no Estado de São Paulo.
O delegado Alex Sandro Biegas, da PF de Rondonópolis, disse que um documento sobre a invasão foi encaminhado à sede da PF em Brasília. Em Brasília, a assessoria de imprensa da Polícia Federal disse que não foi informada da invasão. Biegas ainda não sabe que medida jurídica será tomada.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) do Estado também não possuía informações da fazenda e da invasão. O órgão afirmou que não possui informações sobre a propriedade pois a fazenda não é da União.
O MTA é um movimento que se formou depois de uma dissidência do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) regional. Ele atua há cerca de cinco anos em Mato Grosso. Em 2003, lideranças do MTA e do MST chegaram a entrar em confronto durante uma invasão do Incra em Cuiabá. A Folha não conseguiu falar com o dono da fazenda.
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