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30/09/2006
-
05h48
MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo
A Gol passa por um momento em que desfruta de excelente posição no mercado. A crise na Varig e o aumento do número de passageiros no transporte aéreo brasileiro deram a Gol mais mercado e mais lucros, revertidos em investimentos como a ampliação de sua frota, ainda em curso.
A companhia, que começou a voar em 2001, galgou posições no mercado doméstico brasileiro com rapidez. No mês passado, segundo dados da Anac, teve uma participação de mercado nos vôos dentro do Brasil de 37,35%. Há um ano, o percentual era de cerca de 26%. Em 2001, teve 4,7% de participação de mercado; em 2002, 11,8%, em 2003, 19,4% e em 2004, 22,3%.
No segundo trimestre deste ano, período de demanda em alta e encolhimento da Varig, registrou lucro de R$ 98,1 milhões, 124% de aumento na comparação com o mesmo período do ano passado. Para ter uma idéia, a TAM, líder de mercado, que em agosto teve 51,34% de "market share", teve um resultado positivo de R$ 97 milhões de abril a junho, de acordo com o último balanço.
A empresa, que abriu o capital em 2004, também vem expandindo seus vôos internacionais: na semana passada iniciou vôos para Santiago, no Chile, e informou sua intenção de voar para todas as capitais da América Latina até 2010.
No mercado internacional, entre as companhias aéreas nacionais, teve participação de mercado de 10,7% no mês passado, de acordo com a Anac.
A frota da Gol é formada em sua maior parte por aviões arrendados. A companhia aérea opera atualmente 55 aeronaves, entre Boeings-737/300, Boeings-737/700 e Boeings-737/800. Segundo a companhia informa em seu site, tem atualmente 11 pedidos de compra de aeronaves com entregas programadas para este ano.
A Gol foi criada por Constantino de Oliveira, dono de um dos maiores grupos de transporte urbano do país, com mais de 30 empresas e 4.000 ônibus. Desde o início, entretanto, a estruturação da empresa teve uma participação muito forte de seu filho, Constantino Júnior, presidente da companhia.
Quando começou a operar, em janeiro de 2001, a Gol enfrentou forte resistência e desconfiança no setor. Companhias de baixo custo e baixa tarifa, como a Gol, eram chamadas na época de "aeropovo".
O forte crescimento da companhia, com custos muito menores do que a concorrência, e oferta de passagens mais baratas, desestabilizou o mercado, e é um dos motivos apontados para a crise de empresas aéreas como a Varig e a Vasp.
"Havia casos de muitas companhias no passado que tentaram entrar no mercado, que era dominado por Varig, Vasp e TAM. Só que a Gol veio com um modelo diferente, com aviões modernos, e teve um sucesso muito rápido, muito grande e sem precedentes", diz André Castellini, da consultoria Bain & Company, que presta serviços para a TAM.
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A Gol passa por um momento em que desfruta de excelente posição no mercado. A crise na Varig e o aumento do número de passageiros no transporte aéreo brasileiro deram a Gol mais mercado e mais lucros, revertidos em investimentos como a ampliação de sua frota, ainda em curso.
A companhia, que começou a voar em 2001, galgou posições no mercado doméstico brasileiro com rapidez. No mês passado, segundo dados da Anac, teve uma participação de mercado nos vôos dentro do Brasil de 37,35%. Há um ano, o percentual era de cerca de 26%. Em 2001, teve 4,7% de participação de mercado; em 2002, 11,8%, em 2003, 19,4% e em 2004, 22,3%.
No segundo trimestre deste ano, período de demanda em alta e encolhimento da Varig, registrou lucro de R$ 98,1 milhões, 124% de aumento na comparação com o mesmo período do ano passado. Para ter uma idéia, a TAM, líder de mercado, que em agosto teve 51,34% de "market share", teve um resultado positivo de R$ 97 milhões de abril a junho, de acordo com o último balanço.
A empresa, que abriu o capital em 2004, também vem expandindo seus vôos internacionais: na semana passada iniciou vôos para Santiago, no Chile, e informou sua intenção de voar para todas as capitais da América Latina até 2010.
No mercado internacional, entre as companhias aéreas nacionais, teve participação de mercado de 10,7% no mês passado, de acordo com a Anac.
A frota da Gol é formada em sua maior parte por aviões arrendados. A companhia aérea opera atualmente 55 aeronaves, entre Boeings-737/300, Boeings-737/700 e Boeings-737/800. Segundo a companhia informa em seu site, tem atualmente 11 pedidos de compra de aeronaves com entregas programadas para este ano.
A Gol foi criada por Constantino de Oliveira, dono de um dos maiores grupos de transporte urbano do país, com mais de 30 empresas e 4.000 ônibus. Desde o início, entretanto, a estruturação da empresa teve uma participação muito forte de seu filho, Constantino Júnior, presidente da companhia.
Quando começou a operar, em janeiro de 2001, a Gol enfrentou forte resistência e desconfiança no setor. Companhias de baixo custo e baixa tarifa, como a Gol, eram chamadas na época de "aeropovo".
O forte crescimento da companhia, com custos muito menores do que a concorrência, e oferta de passagens mais baratas, desestabilizou o mercado, e é um dos motivos apontados para a crise de empresas aéreas como a Varig e a Vasp.
"Havia casos de muitas companhias no passado que tentaram entrar no mercado, que era dominado por Varig, Vasp e TAM. Só que a Gol veio com um modelo diferente, com aviões modernos, e teve um sucesso muito rápido, muito grande e sem precedentes", diz André Castellini, da consultoria Bain & Company, que presta serviços para a TAM.
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