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30/09/2006 - 19h02

Quatro cidades se mobilizam para receber vítimas de acidente aéreo

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JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Peixoto Azevedo (MT)

Uma megaoperação para socorro a possíveis sobreviventes da queda do Boeing 737-800, da Gol Linhas Aéreas, mobilizou desde a noite de sexta-feira (29) quatro municípios que ficam na região onde foram encontrados os destroços do avião.

A queda da aeronave ocorreu em uma área da reserva indígena Capoto, na divisa dos Estados de Mato Grosso e Pará, próximo a São José do Xingu.

Segundo o prefeito de Matupá (795 km de Cuiabá), Válter Miotto (PFL), a Aeronáutica requisitou dois caminhões frigoríficos para serem enviados até a Base Militar de Cachimbo (PA), que fica na divisa com Mato Grosso, para o transporte de corpos. Sacos plásticos foram enviados de Brasília para o resgate das vítimas.

Cerca de 200 leitos estavam à disposição nas unidades hospitalares da região, além de 12 ambulâncias.

No Hospital Municipal de Peixoto de Azevedo (701 km de Cuiabá), cidade de 20 mil habitantes, dois centros cirúrgicos, uma sala de reanimação e uma equipe de 15 pessoas foram mobilizadas.

A direção do Hospital Regional de Colíder (664 km de Cuiabá), referência na região, também deixou em alerta 25 integrantes da equipes médica e deixou preparado seus dois centros cirúrgicos e a sala de reanimação.

Outro hospital que ficou em alerta para auxiliar no socorro às vítimas é o de Guarantã do Norte (730 km de Cuiabá), que, além de leitos, ambulâncias e centro cirúrgico, tinha uma equipe de 17 profissionais em regime de plantão.

João Bertinetti, diretor do Hospital e Maternidade Santa Luzia, de Matupá, disse que, se necessário, poderia haver deslocamento aéreo até fazendas próximas de onde ocorreu a queda.

"Há algumas pistas de pouso pequenas por lá. Já tivemos de fazer isso outras vezes para prestar atendimento médico, e agora não seria problema", disse Bertinetti.

Acesso difícil

Uma das primeiras pessoas a ser informada sobre o desastre, Antonio Renato Gomes, responsável pelo aeroporto de Matupá, disse que o resgate dos corpos irá demorar. "Levará mais de um dia. Não existe acesso por meio de carro até a aldeia."

Segundo relato do prefeito de Matupá, moradores de uma fazenda viram "um avião de grande porte voando baixo e, pouco depois, ouviram um estrondo".

Deonisio Lemos, ex-prefeito de Peixoto de Azevedo e proprietário de uma fazenda localizada a cerca de 60 km do local do acidente, dizia não haver possibilidade de sobreviventes segundo o relato de radioamadores.

Mathias Montana, funcionário do departamento comercial da Rádio Cidade, de Matupá, disse que a procura por informações de parentes de passageiros do vôo foi enorme durante a manhã. "O telefone não pára de tocar. A todo momento ligam parentes para tentarem conseguir informações."

O acidente

Anteontem, o vôo 1907 da Gol, que havia partido de Manaus com destino ao Rio, desapareceu na divisa dos Estados do Pará e de Mato Grosso.

A causa do acidente ainda não foi confirmada. Uma aeronave Legacy, fabricada pela brasileira Embraer e adquirida pelos Estados Unidos, teria colidido contra o avião da Gol, causando a queda. O Legacy conseguiu pousar na base aérea de Cachimbo, no Pará.

Colaboraram JOSÉ EDUARDO RONDON, EDUARDO DE OLIVEIRA e MARTHA ALVES, da Agência Folha

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