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03/10/2006
-
06h01
IGOR GIELOW
Secretário de Redação da Sucursal de Brasília
da Folha de S.Paulo
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online, em Brasília
Ao menos um dos controladores de tráfego aéreo envolvidos na operação de sexta-feira passada foi afastado para tratamento psicológico, segundo relato de conhecidos dele. O nome do controlador não foi divulgado, e a Aeronáutica não se pronuncia sobre os eventos no Cindacta-1.
O controlador afastado teria seis anos na função, tempo suficiente para que fosse considerado um operador experiente.
Controladores de vôo ouvidos pela reportagem, comentando as hipóteses para as falhas detectadas no centro de Brasília, costumam culpar aquilo que consideram sobrecarga de trabalho por eventuais erros na tarde da última sexta.
A rotina é pesada. São pelo menos 18 dias por mês com plantões de 8 a 9 horas. Em tese, cada controlador deveria trabalhar duas horas e descansar duas. Mas, na prática, isso raramente acontece.
A pressão aumenta devido ao regime rígido imposto pela hierarquia militar. De acordo com diversos relatos, há dificuldade para conseguir folgas e existe uma "espada de Dâmocles" sobre suas cabeças, com um iminente medo de punição.
O salário de um controlador é de R$ 1.600, em média, mais adicionais. Um deles, o alimentação, é de R$ 36 --o equivalente a R$ 3,60 por dez dias.
O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) afirma em seu site na internet que o Sisceab (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) conta com cerca de 13 mil homens e mulheres --sendo 10.469 militares--, nas mais diversas atividades, para gerenciar o espaço aéreo do país.
Os controladores de tráfego também atuam em outros dois tipos de controle diferentes do envolvido no caso do acidente --em atividades por vezes até mais estressantes. Há os que trabalham especificamente na torre dos aeroportos, responsáveis por organizar a saída e a chegada dos aviões, e os que atuam nos centros de aproximação, para monitorar a movimentação de aeronaves até uma área intermediária.
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Controlador de vôo é afastado para tratamento psicológico
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Secretário de Redação da Sucursal de Brasília
da Folha de S.Paulo
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online, em Brasília
Ao menos um dos controladores de tráfego aéreo envolvidos na operação de sexta-feira passada foi afastado para tratamento psicológico, segundo relato de conhecidos dele. O nome do controlador não foi divulgado, e a Aeronáutica não se pronuncia sobre os eventos no Cindacta-1.
O controlador afastado teria seis anos na função, tempo suficiente para que fosse considerado um operador experiente.
Controladores de vôo ouvidos pela reportagem, comentando as hipóteses para as falhas detectadas no centro de Brasília, costumam culpar aquilo que consideram sobrecarga de trabalho por eventuais erros na tarde da última sexta.
A rotina é pesada. São pelo menos 18 dias por mês com plantões de 8 a 9 horas. Em tese, cada controlador deveria trabalhar duas horas e descansar duas. Mas, na prática, isso raramente acontece.
A pressão aumenta devido ao regime rígido imposto pela hierarquia militar. De acordo com diversos relatos, há dificuldade para conseguir folgas e existe uma "espada de Dâmocles" sobre suas cabeças, com um iminente medo de punição.
O salário de um controlador é de R$ 1.600, em média, mais adicionais. Um deles, o alimentação, é de R$ 36 --o equivalente a R$ 3,60 por dez dias.
O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) afirma em seu site na internet que o Sisceab (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) conta com cerca de 13 mil homens e mulheres --sendo 10.469 militares--, nas mais diversas atividades, para gerenciar o espaço aéreo do país.
Os controladores de tráfego também atuam em outros dois tipos de controle diferentes do envolvido no caso do acidente --em atividades por vezes até mais estressantes. Há os que trabalham especificamente na torre dos aeroportos, responsáveis por organizar a saída e a chegada dos aviões, e os que atuam nos centros de aproximação, para monitorar a movimentação de aeronaves até uma área intermediária.
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