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04/10/2006 - 17h01

PF abre inquérito para investigar acidente aéreo em Mato Grosso

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da Folha Online

A PF (Polícia Federal) abriu nesta quarta-feira um inquérito para investigar as responsabilidades no acidente que envolveu um jato Legacy e um Boeing da Gol, no dia 29 de setembro. Os 154 ocupantes do Boeing morreram.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a PF informou que já recebeu os documentos recolhidos em investigação iniciada pela Polícia Civil. Eles serão analisados pelo delegado Renato Sayão e, de acordo com a Polícia Federal, as responsabilidades pelo acidente deverão ser apontadas apenas depois do resultado das caixas pretas.

O piloto do Legacy, Joseph Lepore, e o co-piloto, Jan Paul Paladino, estão impedidos de deixar o país desde a segunda-feira (2), quando tiveram os passaportes apreendidos.

O superintendente substituto da PF em Mato Grosso, Geraldo Pereira, afirmou que a investigação atende a pedido do procurador da República em Cuiabá, Thiago Lemos de Andrade. Conforme Pereira, a PF vai apurar se o piloto do jatinho pode ser responsabilizado por homicídio culposo (sem intenção), caso não tenha "tomado cuidados necessários para evitar o acidente".

A reportagem apurou que a aeronave não estava na altitude prevista no plano de vôo registrado --deveria estar a 36 mil pés de altura, mas estava a 37 mil. Em depoimento à Polícia Civil de Cuiabá, no sábado, o piloto Joseph Lepore não informou que isso havia ocorrido. A PF incluiu os nomes de Lepore e Paladino no Sinpi (Sistema Nacional de Procurados e Impedidos). Assim, eles não podem deixar o país até segunda ordem.

Reportagem publicada na terça-feira mostra que o maior acidente aéreo da história do país resultou de uma combinação de erros no controle aéreo em Brasília, ineficiência na cobertura de rádio no Centro-Oeste e dúvidas sobre procedimentos do piloto e equipamentos em pelo menos um dos aviões envolvidos no choque que matou 155 pessoas.

A Aeronáutica afirmou nesta quarta que ainda não é possível apontar responsáveis pelo acidente. "Seria prematuro atribuir possíveis responsabilidades ou estabelecer-se qualquer juízo de valor a respeito e tecer comentários neste momento, uma vez que as investigações da ocorrência estão em andamento", diz nota divulgada pela FAB (Força Aérea Brasileira).

Resgate

Os militares que trabalham no resgate das vítimas já prepararam mais 34 corpos para o transporte até Brasília. A informação foi passada nesta quarta-feira pela Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907, com base em declarações da Aeronáutica.

Os dois primeiros corpos, encontrados no domingo, chegaram a Brasília no final da tarde de terça-feira (3) e foram encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) para identificação.

"[Os militares] Confirmaram que, apesar de mais de 50 corpos encontrados, apenas 34 estão prontos para serem transportados. Não foi informado até o momento o numero oficial de corpos encontrados", disseram os familiares em nota.

A comissão reivindicou à Aeronáutica a atuação do Exército para fazer uma "varredura no espaço que ainda não foi explorado".

Os parentes informaram também os dois telefones satélites conseguidos pela comissão já foram enviados um a fazenda Jarinã e outro a Cachimbo, para agilizar a comunicação.

Com Agência Folha e LÍVIA MARRA, Editora de Cotidiano da Folha Online

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