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04/10/2006
-
19h34
da Folha Online
Um grupo de 20 militares do Centro de Instrução de Guerra na Selva, do Exército, será enviado para auxiliar os trabalhos de resgate das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, ocorrido no último dia 29.
A presença dos militares do Exército havia sido reivindicada pela Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907 à Aeronáutica, que coordena a operação. Os 154 ocupantes do avião morreram na queda.
Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), "um total de 38 despojos mortais" foram retirados da área do acidente, com apoio de helicópteros, e levados para a fazenda Jarinã. Uma aeronave decolou às 17h35 (horário de Brasília) com destino a Brasília, com 16 restos mortais.
A Aeronáutica informou, em nota, que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal forneceu vacinas contra febre amarela, tétano, difteria e tifo, além de soro antiofídico, para serem enviadas aos militares que participam da operação de busca.
Inquérito
A PF (Polícia Federal) abriu nesta quarta-feira um inquérito para investigar as responsabilidades no acidente que envolveu um jato Legacy e um Boeing da Gol, no dia 29 de setembro. Os 154 ocupantes do Boeing morreram.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a PF informou que já recebeu os documentos recolhidos em investigação iniciada pela Polícia Civil. Eles serão analisados pelo delegado Renato Sayão e, de acordo com a Polícia Federal, as responsabilidades pelo acidente deverão ser apontadas apenas depois do resultado das caixas pretas.
O piloto do Legacy, Joseph Lepore, e o co-piloto, Jan Paul Paladino, estão impedidos de deixar o país desde a segunda-feira (2), quando tiveram os passaportes apreendidos.
O superintendente substituto da PF em Mato Grosso, Geraldo Pereira, afirmou que a investigação atende a pedido do procurador da República em Cuiabá, Thiago Lemos de Andrade. Conforme Pereira, a PF vai apurar se o piloto do jatinho pode ser responsabilizado por homicídio culposo (sem intenção), caso não tenha "tomado cuidados necessários para evitar o acidente".
A reportagem apurou que a aeronave não estava na altitude prevista no plano de vôo registrado --deveria estar a 36 mil pés de altura, mas estava a 37 mil. Em depoimento à Polícia Civil de Cuiabá, no sábado, o piloto Joseph Lepore não informou que isso havia ocorrido. A PF incluiu os nomes de Lepore e Paladino no Sinpi (Sistema Nacional de Procurados e Impedidos). Assim, eles não podem deixar o país até segunda ordem.
Reportagem publicada na terça-feira mostra que o maior acidente aéreo da história do país resultou de uma combinação de erros no controle aéreo em Brasília, ineficiência na cobertura de rádio no Centro-Oeste e dúvidas sobre procedimentos do piloto e equipamentos em pelo menos um dos aviões envolvidos no choque que matou 155 pessoas.
A Aeronáutica afirmou nesta quarta que ainda não é possível apontar responsáveis pelo acidente. "Seria prematuro atribuir possíveis responsabilidades ou estabelecer-se qualquer juízo de valor a respeito e tecer comentários neste momento, uma vez que as investigações da ocorrência estão em andamento", diz nota divulgada pela FAB (Força Aérea Brasileira).
Com Agência Folha
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Boeing da Gol
Confira a cobertura completa do vôo 1907
Exército envia homens para resgatar corpos de acidente aéreo em MT
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Um grupo de 20 militares do Centro de Instrução de Guerra na Selva, do Exército, será enviado para auxiliar os trabalhos de resgate das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, ocorrido no último dia 29.
A presença dos militares do Exército havia sido reivindicada pela Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907 à Aeronáutica, que coordena a operação. Os 154 ocupantes do avião morreram na queda.
Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), "um total de 38 despojos mortais" foram retirados da área do acidente, com apoio de helicópteros, e levados para a fazenda Jarinã. Uma aeronave decolou às 17h35 (horário de Brasília) com destino a Brasília, com 16 restos mortais.
A Aeronáutica informou, em nota, que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal forneceu vacinas contra febre amarela, tétano, difteria e tifo, além de soro antiofídico, para serem enviadas aos militares que participam da operação de busca.
Inquérito
A PF (Polícia Federal) abriu nesta quarta-feira um inquérito para investigar as responsabilidades no acidente que envolveu um jato Legacy e um Boeing da Gol, no dia 29 de setembro. Os 154 ocupantes do Boeing morreram.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a PF informou que já recebeu os documentos recolhidos em investigação iniciada pela Polícia Civil. Eles serão analisados pelo delegado Renato Sayão e, de acordo com a Polícia Federal, as responsabilidades pelo acidente deverão ser apontadas apenas depois do resultado das caixas pretas.
O piloto do Legacy, Joseph Lepore, e o co-piloto, Jan Paul Paladino, estão impedidos de deixar o país desde a segunda-feira (2), quando tiveram os passaportes apreendidos.
O superintendente substituto da PF em Mato Grosso, Geraldo Pereira, afirmou que a investigação atende a pedido do procurador da República em Cuiabá, Thiago Lemos de Andrade. Conforme Pereira, a PF vai apurar se o piloto do jatinho pode ser responsabilizado por homicídio culposo (sem intenção), caso não tenha "tomado cuidados necessários para evitar o acidente".
A reportagem apurou que a aeronave não estava na altitude prevista no plano de vôo registrado --deveria estar a 36 mil pés de altura, mas estava a 37 mil. Em depoimento à Polícia Civil de Cuiabá, no sábado, o piloto Joseph Lepore não informou que isso havia ocorrido. A PF incluiu os nomes de Lepore e Paladino no Sinpi (Sistema Nacional de Procurados e Impedidos). Assim, eles não podem deixar o país até segunda ordem.
Reportagem publicada na terça-feira mostra que o maior acidente aéreo da história do país resultou de uma combinação de erros no controle aéreo em Brasília, ineficiência na cobertura de rádio no Centro-Oeste e dúvidas sobre procedimentos do piloto e equipamentos em pelo menos um dos aviões envolvidos no choque que matou 155 pessoas.
A Aeronáutica afirmou nesta quarta que ainda não é possível apontar responsáveis pelo acidente. "Seria prematuro atribuir possíveis responsabilidades ou estabelecer-se qualquer juízo de valor a respeito e tecer comentários neste momento, uma vez que as investigações da ocorrência estão em andamento", diz nota divulgada pela FAB (Força Aérea Brasileira).
Com Agência Folha
Especial
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