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04/10/2006
-
21h47
da Folha Online
Mais 16 corpos de vítimas da queda do Boeing da Gol, ocorrida no último dia 29, chegaram na noite desta quarta-feira à Base Aérea de Brasília. Os restos mortais devem ser levados ao IML (Instituto Médico Legal) da cidade, onde peritos tentarão identificá-los.
Os corpos foram levados do local do acidente, em Peixoto de Azevedo (MT), até Brasília em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). O IML dispõe de fichas de parentes descrevendo características físicas, como cicatrizes e tatuagens, e fichas com as impressões digitais enviadas pelos institutos estaduais de identificação.
O Boeing 737/800 da Gol realizava o vôo 1907, entre Manaus e o Rio, com escala em Brasília. A aeronave caiu depois de ser atingida por um Legacy, de fabricação da Embraer, que ia de São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo) para os Estados Unidos com escala em Manaus.
As 154 pessoas --148 passageiros e seis tripulantes-- morreram. O Legacy era ocupado por cinco americanos --piloto, co-piloto, dois funcionários da empresa que havia comprado o avião e um repórter do "NY Times"-- e dois funcionários da Embraer. Todos sobreviveram sem ferimentos.
Inquérito
A PF (Polícia Federal) abriu nesta quarta-feira um inquérito para investigar as responsabilidades no acidente que envolveu um jato Legacy e um Boeing da Gol, no dia 29 de setembro. Os 154 ocupantes do Boeing morreram.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a PF informou que já recebeu os documentos recolhidos em investigação iniciada pela Polícia Civil. Eles serão analisados pelo delegado Renato Sayão e, de acordo com a Polícia Federal, as responsabilidades pelo acidente deverão ser apontadas apenas depois do resultado das caixas pretas.
O piloto do Legacy, Joseph Lepore, e o co-piloto, Jan Paul Paladino, estão impedidos de deixar o país desde a segunda-feira (2), quando tiveram os passaportes apreendidos.
O superintendente substituto da PF em Mato Grosso, Geraldo Pereira, afirmou que a investigação atende a pedido do procurador da República em Cuiabá, Thiago Lemos de Andrade. Conforme Pereira, a PF vai apurar se o piloto do jatinho pode ser responsabilizado por homicídio culposo (sem intenção), caso não tenha "tomado cuidados necessários para evitar o acidente".
A reportagem apurou que a aeronave não estava na altitude prevista no plano de vôo registrado --deveria estar a 36 mil pés de altura, mas estava a 37 mil. Em depoimento à Polícia Civil de Cuiabá, no sábado, o piloto Joseph Lepore não informou que isso havia ocorrido. A PF incluiu os nomes de Lepore e Paladino no Sinpi (Sistema Nacional de Procurados e Impedidos). Assim, eles não podem deixar o país até segunda ordem.
Reportagem publicada na terça-feira mostra que o maior acidente aéreo da história do país resultou de uma combinação de erros no controle aéreo em Brasília, ineficiência na cobertura de rádio no Centro-Oeste e dúvidas sobre procedimentos do piloto e equipamentos em pelo menos um dos aviões envolvidos no choque que matou 155 pessoas.
A Aeronáutica afirmou nesta quarta que ainda não é possível apontar responsáveis pelo acidente. 'Seria prematuro atribuir possíveis responsabilidades ou estabelecer-se qualquer juízo de valor a respeito e tecer comentários neste momento, uma vez que as investigações da ocorrência estão em andamento', diz nota divulgada pela FAB (Força Aérea Brasileira).
Com Agência Folha
Especial
Leia a cobertura completa sobre o vôo 1907
Leia o que já foi publicado sobre acidentes aéreos
Mais 16 corpos de vítimas do vôo 1907 chegam a Brasília
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Mais 16 corpos de vítimas da queda do Boeing da Gol, ocorrida no último dia 29, chegaram na noite desta quarta-feira à Base Aérea de Brasília. Os restos mortais devem ser levados ao IML (Instituto Médico Legal) da cidade, onde peritos tentarão identificá-los.
Os corpos foram levados do local do acidente, em Peixoto de Azevedo (MT), até Brasília em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). O IML dispõe de fichas de parentes descrevendo características físicas, como cicatrizes e tatuagens, e fichas com as impressões digitais enviadas pelos institutos estaduais de identificação.
O Boeing 737/800 da Gol realizava o vôo 1907, entre Manaus e o Rio, com escala em Brasília. A aeronave caiu depois de ser atingida por um Legacy, de fabricação da Embraer, que ia de São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo) para os Estados Unidos com escala em Manaus.
As 154 pessoas --148 passageiros e seis tripulantes-- morreram. O Legacy era ocupado por cinco americanos --piloto, co-piloto, dois funcionários da empresa que havia comprado o avião e um repórter do "NY Times"-- e dois funcionários da Embraer. Todos sobreviveram sem ferimentos.
Inquérito
A PF (Polícia Federal) abriu nesta quarta-feira um inquérito para investigar as responsabilidades no acidente que envolveu um jato Legacy e um Boeing da Gol, no dia 29 de setembro. Os 154 ocupantes do Boeing morreram.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a PF informou que já recebeu os documentos recolhidos em investigação iniciada pela Polícia Civil. Eles serão analisados pelo delegado Renato Sayão e, de acordo com a Polícia Federal, as responsabilidades pelo acidente deverão ser apontadas apenas depois do resultado das caixas pretas.
O piloto do Legacy, Joseph Lepore, e o co-piloto, Jan Paul Paladino, estão impedidos de deixar o país desde a segunda-feira (2), quando tiveram os passaportes apreendidos.
O superintendente substituto da PF em Mato Grosso, Geraldo Pereira, afirmou que a investigação atende a pedido do procurador da República em Cuiabá, Thiago Lemos de Andrade. Conforme Pereira, a PF vai apurar se o piloto do jatinho pode ser responsabilizado por homicídio culposo (sem intenção), caso não tenha "tomado cuidados necessários para evitar o acidente".
A reportagem apurou que a aeronave não estava na altitude prevista no plano de vôo registrado --deveria estar a 36 mil pés de altura, mas estava a 37 mil. Em depoimento à Polícia Civil de Cuiabá, no sábado, o piloto Joseph Lepore não informou que isso havia ocorrido. A PF incluiu os nomes de Lepore e Paladino no Sinpi (Sistema Nacional de Procurados e Impedidos). Assim, eles não podem deixar o país até segunda ordem.
Reportagem publicada na terça-feira mostra que o maior acidente aéreo da história do país resultou de uma combinação de erros no controle aéreo em Brasília, ineficiência na cobertura de rádio no Centro-Oeste e dúvidas sobre procedimentos do piloto e equipamentos em pelo menos um dos aviões envolvidos no choque que matou 155 pessoas.
A Aeronáutica afirmou nesta quarta que ainda não é possível apontar responsáveis pelo acidente. 'Seria prematuro atribuir possíveis responsabilidades ou estabelecer-se qualquer juízo de valor a respeito e tecer comentários neste momento, uma vez que as investigações da ocorrência estão em andamento', diz nota divulgada pela FAB (Força Aérea Brasileira).
Com Agência Folha
Especial
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