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21/10/2000 - 12h04

Pai de brasileira morta nos EUA teme que crime fique sem solução

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FABIANE LEITE
da Folha Online

O químico Luigi D'Ascanio, 50, pai da Lilian D'Ascanio dos Santos, 25, morta no dia 22 de agosto na cidade de Plano, no Texas (EUA), disse que está preocupado com a possibilidade do assassinato de sua filha ficar sem solução.

Lilian, que estudava Farmácia na USP, foi morta junto com o marido, o engenheiro Kleber Pescone dos Santos, 28. A polícia prendeu na quinta-feira (19) Michael Adam Sigala, na cidade de Arlington, próxima a Plano, que confessou apenas o assassinato do rapaz e negou ter matado a estudante.

Sigala afirmou que quem matou Lilian foi outra pessoa, cuja identificação ele não quis detalhar para a polícia americana.

"Estamos preocupados enquanto ele (Sigala) não declarar que foi o assassino. Se ele não fizer o depoimento, pode se safar. Ou o bandido pode estar na rua", afirmou o pai da estudante em entrevista por telefone. "Mas a polícia diz que é uma questão de tempo."

Lilian foi violentada antes de ser morta. No Texas há pena de morte e a confissão da agressão e assassinato da estudante poderia complicar ainda mais a situação do assassino.

A família de Lilian mora em Mairinque, cidade a 62 km de São Paulo.

"Estamos um pouco mais tranquilos, pois ele poderia estar fazendo mal a outras pessoas e agora está preso. Mas ele ainda não confessou a morte de minha nora", disse o microempresário Jonas Alves dos Santos, 56, pai de Kleber.

A prisão de Sigala ocorreu depois que o caso foi relembrado pelo programa "America's Most Wanted" (O mais procurado da América), atração em rede nacional da televisão norte-americana semelhante ao programa "Linha Direta", da Rede Globo, em que são relembrados crimes e a população é convidada a fornecer pistas de assassinos.

Segundo D'Ascanio, a polícia ainda não revelou detalhes de como chegou ao assassino. Foi revelado apenas que objetos roubados do casal ajudaram a levar a Sigala.

O pai de Kleber esteve na semana passada em Plano, onde auxiliou a polícia a verificar o que foi roubado do apartamento do casal.

De acordo com o jornal "Plano Star Courier" (www.planostar.com), após o programa de televisão, a polícia de Arlington avisou ter achado uma câmera fotográfica que pertencia ao casal vendida a uma loja da cidade.

A câmera tinha sido vendida por um cúmplice de Sigala, envolvido junto com outra pessoa, uma mulher, em um acidente de carro em Plano. Foi descoberto que esta mulher penhorou uma guitarra roubada do casal.

Os detetives ligararam Sigala ao homem que vendeu a câmera e depois descobriram que o assassino também havia penhorado jóias roubadas do casal.

O pai de Kleber reconheceu os objetos roubados por meio de fotos enviadas por e-mail. Amigos do casal que moram em Plano também reconheceram os objetos.

Sigala, de acordo com os pais dos brasileiros, tem origem mexicana e estava em liberdade condicional por roubo.

Clique aqui para ler mais notícias sobre o assassinato do casal brasileiro

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