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13/10/2006 - 14h09

Polícia conclui inquérito sobre morte de Ubiratan e culpa namorada

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da Folha Online

A Polícia Civil de São Paulo conclui nesta sexta-feira o inquérito sobre a morte do deputado estadual e coronel da PM Ubiratan Guimarães, assassinado com um tiro no abdômen, no dia 9 de setembro. Para os policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a namorada da vítima --Carla Cepollina-- é a única responsável pelo crime.

Ela foi indiciada no dia 27 do mês passado por homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (Ubiratan estava desarmado). Na ocasião, apesar do indiciamento, a polícia e o Ministério Público disseram que Carla colaborou com as investigações, por isso não pediram sua prisão preventiva.

Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público deve apresentar denúncia (acusação formal) contra a advogada nos próximos 15 dias. Caberá à Justiça aceitar ou não a denúncia. Se for aceita, Carla será processada. Ela nega envolvimento no assassinato.

Acusação

O processo de indiciamento de Carla começou dia 25 do mês passado, quando ela prestou depoimento pela quarta vez pela Polícia Civil. Ela, que era tratada como testemunha desde o início das investigações, foi ouvida pela primeira vez na condição de suspeita.

No dia seguinte, o delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP, disse que o caso estava "esclarecido", apesar de nenhuma prova material que ligasse Carla ao crime ter sido oficialmente apresentada.

Roupas

Um dos pontos que pesa contra Carla é o fato de ela ter entregue à polícia roupas diferentes das que usou no dia do crime, conforme apontou laudo do IC (Instituto de Criminalística).

A perícia se baseou nas imagens captadas pelo circuito interno de câmeras do prédio onde mora, que mostra Carla vestindo roupas claras. Policiais do DHPP afirmaram que a advogada entregou uma blusa escura.

No início do mês, ao ser questionado sobre o resultado do laudo, o advogado de Carla, Antônio Carlos de Carvalho Pinto, disse que iria questionar os métodos empregados pelo IC.

Crime

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo). O corpo foi encontrado na noite seguinte, enrolado em uma toalha.

Segundo a polícia, o coronel foi morto com um tiro de uma de suas armas --um revólver calibre 38 que não foi encontrado no local do crime.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e GABRIELA MANZINI, da Folha Online

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