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13/10/2006 - 16h07

Delegado que investiga morte de Ubiratan evita falar em prisão

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

O delegado do DHPP Armando de Oliveira Costa Filho, que investiga a morte do deputado estadual e coronel da PM Ubiratan Guimarães, ocorrida em setembro último, evitou afirmar se, com a conclusão do inquérito sobre o caso e o indiciamento de Carla Cepollina por homicídio duplamente qualificado, pedirá a prisão dela.

"Não estou dizendo que nós não pedimos, estou dizendo que não vou falar sobre isso", afirmou. Questionado sobre a possibilidade de ela ser presa após a apresentação do inquérito à Justiça, ele respondeu que "não é provável". O caso corre sob sigilo de Justiça. O coronel foi morto com um tiro no abdômen no último dia 9 de setembro.

Cepollina foi indiciada no dia 27 do mês passado por homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (Ubiratan estava desarmado). Na ocasião, apesar do indiciamento, a polícia e o Ministério Público disseram que Carla colaborou com as investigações, por isso não pediram sua prisão preventiva.

Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público deve apresentar denúncia (acusação formal) contra a advogada nos próximos 15 dias. Caberá à Justiça aceitá-la ou não. Se for aceita, Carla será processada. Ela nega envolvimento no assassinato.

Roupas

Um dos pontos que pesa contra Carla é o fato de ela ter entregue à polícia roupas diferentes das que usou no dia do crime, conforme apontou laudo do IC (Instituto de Criminalística).

A perícia se baseou nas imagens captadas pelo circuito interno de câmeras do prédio onde mora, que mostra Carla vestindo roupas claras. Policiais do DHPP afirmaram que a advogada entregou uma blusa escura.

A blusa verdadeira, a clara, havia sido pega pela polícia numa das buscas à casa dela. Estava dentro de um balde com água. Ainda segundo laudo do IC, outra muda de roupa, uma calça de veludo verde escuro que Carla vestia no dia do crime, tem manchas de sangue.

No início do mês, ao ser questionado sobre o resultado do laudo, o advogado de Carla, Antônio Carlos de Carvalho Pinto, disse que iria questionar os métodos empregados pelo IC.

Crime

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo). O corpo foi encontrado na noite seguinte, enrolado em uma toalha.

Segundo a polícia, o coronel foi morto com um tiro de uma de suas armas --um revólver calibre 38 que não foi encontrado no local do crime.

Com Agora e Folha de S.Paulo

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