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16/10/2006
-
09h32
da Folha de S.Paulo
Boa parte dos fiéis que freqüenta as igrejas do centro de São Paulo já sabe: nem durante uma missa pode-se bobear. Na hora de comungar, a bolsa precisa ir junto. Ao dar uma oferenda, não se deve abrir a carteira na frente de todo mundo. Celulares e relógios não podem ser ostentados.
Em igrejas como as da Consolação e de Santa Cecília e na catedral da Sé, são comuns casos de fiéis que são roubados durante as celebrações. Alguns, são vítimas do próprio descuido. "É comum as pessoas serem assaltadas nas missas", conta um funcionário da igreja de Santa Cecília, que pede para não ser identificado. "Temos um vigia aqui, mas ele não dá conta de tudo."
Para evitar qualquer dor de cabeça, sugere, o melhor é não deixar bolsas e carteiras nos bancos. "Quem bobeia perde tudo porque por aqui tem muito malandro." Freqüentadora da paróquia, Maria Emília Souza, 48, não desgruda dos seus pertences. "Graças a Deus nunca fui roubada, mas já vi ladrõezinhos furtando carteiras e celulares sem os donos nem perceberem", diz. "A gente não tem sossego nem para falar com Deus."
A mesma situação é vivida na igreja da Consolação. "Aqui tem furto porque estamos rodeados de marginais", diz o padre Ramom Santiago. "Precisamos ficar sempre atentos." Moradora da região, Lúcia Val, 39, conta que sente medo quando a igreja está muito vazia. "A sensação de insegurança é grande. Não dá para vir fazer uma oração fora do horário da missa porque tem um pessoal estranho em volta da igreja."
A mesma sensação tem a filósofa Eduarda Souza, 41. "É absurdo, mas nem podemos mais rezar em paz nesta cidade. Não dá para entrar na igreja vazia durante a tarde porque os ladrões se aproveitam e, quando venho para a missa, não trago nem a bolsa."
Documentos na Sé
O receio de ser vítima de um assalto também espanta alguns fiéis da catedral da Sé. Lá, o grande problema está em volta da igreja. "Muita gente é roubada na praça e vira-e-mexe os ladrões jogam o que não querem aqui dentro", conta Olinda Rosa da Silva, assistente administrativa da catedral. "São sacolas, bolsas com documentos, tudo o que você possa imaginar. Quando não tem o nome do dono, entregamos para o setor de achados e perdidos do Metrô."
Se tem algum telefone, Olinda liga para a vítima. "Ontem mesmo [terça-feira], uma senhora veio buscar suas coisas. Ela foi assaltada em um farol aqui perto na semana passada e pegaram a bolsa e um saco cheio de roupa que ia para a lavanderia", diz. "Os ladrões só levaram o dinheiro. Jogaram o resto aqui e até o talão de cheques estava na bolsa."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre assaltos a igrejas
No centro de SP, fiéis são furtados durante a missa
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Boa parte dos fiéis que freqüenta as igrejas do centro de São Paulo já sabe: nem durante uma missa pode-se bobear. Na hora de comungar, a bolsa precisa ir junto. Ao dar uma oferenda, não se deve abrir a carteira na frente de todo mundo. Celulares e relógios não podem ser ostentados.
Em igrejas como as da Consolação e de Santa Cecília e na catedral da Sé, são comuns casos de fiéis que são roubados durante as celebrações. Alguns, são vítimas do próprio descuido. "É comum as pessoas serem assaltadas nas missas", conta um funcionário da igreja de Santa Cecília, que pede para não ser identificado. "Temos um vigia aqui, mas ele não dá conta de tudo."
Para evitar qualquer dor de cabeça, sugere, o melhor é não deixar bolsas e carteiras nos bancos. "Quem bobeia perde tudo porque por aqui tem muito malandro." Freqüentadora da paróquia, Maria Emília Souza, 48, não desgruda dos seus pertences. "Graças a Deus nunca fui roubada, mas já vi ladrõezinhos furtando carteiras e celulares sem os donos nem perceberem", diz. "A gente não tem sossego nem para falar com Deus."
A mesma situação é vivida na igreja da Consolação. "Aqui tem furto porque estamos rodeados de marginais", diz o padre Ramom Santiago. "Precisamos ficar sempre atentos." Moradora da região, Lúcia Val, 39, conta que sente medo quando a igreja está muito vazia. "A sensação de insegurança é grande. Não dá para vir fazer uma oração fora do horário da missa porque tem um pessoal estranho em volta da igreja."
A mesma sensação tem a filósofa Eduarda Souza, 41. "É absurdo, mas nem podemos mais rezar em paz nesta cidade. Não dá para entrar na igreja vazia durante a tarde porque os ladrões se aproveitam e, quando venho para a missa, não trago nem a bolsa."
Documentos na Sé
O receio de ser vítima de um assalto também espanta alguns fiéis da catedral da Sé. Lá, o grande problema está em volta da igreja. "Muita gente é roubada na praça e vira-e-mexe os ladrões jogam o que não querem aqui dentro", conta Olinda Rosa da Silva, assistente administrativa da catedral. "São sacolas, bolsas com documentos, tudo o que você possa imaginar. Quando não tem o nome do dono, entregamos para o setor de achados e perdidos do Metrô."
Se tem algum telefone, Olinda liga para a vítima. "Ontem mesmo [terça-feira], uma senhora veio buscar suas coisas. Ela foi assaltada em um farol aqui perto na semana passada e pegaram a bolsa e um saco cheio de roupa que ia para a lavanderia", diz. "Os ladrões só levaram o dinheiro. Jogaram o resto aqui e até o talão de cheques estava na bolsa."
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