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17/10/2006
-
19h43
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Defesa, Waldir Pires, negou nesta terça-feira a existência do diálogo entre os controladores de tráfego aéreo do Cindacta-1 (Brasília) e o comandante do Legacy, Joe Lepore, quatro minutos antes do ponto em que a aeronave deveria descer de 37 mil pés para 36 mil pés, próximo a Brasília.
Pires disse que recebeu a "informação categórica" do departamento responsável pelo sistema de controle de tráfego de que o diálogo não ocorreu.
"Não creio que para as famílias não seja útil a aventura de informações", disse o ministro, ao comentar que existem "altos interesses" envolvidos no caso do acidente, e defender que se aguarde o resultado das investigações para se tirar conclusões ou apontar culpados. "Para sermos sérios, temos que ter informações contundentes, baseadas em investigações precisas", disse.
A suposta gravação mostraria que o piloto norte-americano do jato Legacy, que colidiu com o Boeing da Gol no dia 29 do mês passado (154 pessoas que estavam no Boeing morreram), pergunta à torre, em inglês, se poderia descer (para 36 mil pés) ou manter a altitude (37 mil pés), quatro minutos antes do ponto em que deveriam mudar de altitude. Como resposta ouviu um "Ok. Mantenha".
O contato teria ocorrido antes do ponto em que o jato deveria, obrigatoriamente, baixar de altitude --naquele local, portanto, estaria na altitude correta.
Segundo o plano de vôo do Legacy, ele deveria voar a 37 mil pés (cerca de 12 quilômetros de altura) entre São José dos Campos e Brasília. A partir daí, voaria a 36 mil pés, e depois subiria a 38 mil pés a partir de um ponto da carta de aviação chamado Teres, a menos de 15 minutos (na velocidade do avião) do local onde teria havido a colisão entre o Legacy e o avião da Gol.
Segundo o ministro, a comunicação por voz do Legacy com a torre de controle foi interrompida antes que a aeronave chegasse a Brasília, ponto em que deveria mudar de altitude. Os controladores teriam feito, então, sucessivas tentativas de contato com o Legacy, sem obter resposta, de acordo com o relato do ministro.
Questionado sobre o repasse de informações das caixas pretas do Legacy ao delegado da Polícia Federal responsável pela investigação, o ministro disse ter dado instruções para que as informações sejam repassadas tanto à Polícia Federal quanto à Polícia Civil de Mato Grosso, que também investiga o caso. "Não temos segredos para nada", completou.
Especial
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Ministro nega conversa entre piloto do Legacy e controladores de vôo
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da Folha Online, em Brasília
O ministro da Defesa, Waldir Pires, negou nesta terça-feira a existência do diálogo entre os controladores de tráfego aéreo do Cindacta-1 (Brasília) e o comandante do Legacy, Joe Lepore, quatro minutos antes do ponto em que a aeronave deveria descer de 37 mil pés para 36 mil pés, próximo a Brasília.
Pires disse que recebeu a "informação categórica" do departamento responsável pelo sistema de controle de tráfego de que o diálogo não ocorreu.
"Não creio que para as famílias não seja útil a aventura de informações", disse o ministro, ao comentar que existem "altos interesses" envolvidos no caso do acidente, e defender que se aguarde o resultado das investigações para se tirar conclusões ou apontar culpados. "Para sermos sérios, temos que ter informações contundentes, baseadas em investigações precisas", disse.
A suposta gravação mostraria que o piloto norte-americano do jato Legacy, que colidiu com o Boeing da Gol no dia 29 do mês passado (154 pessoas que estavam no Boeing morreram), pergunta à torre, em inglês, se poderia descer (para 36 mil pés) ou manter a altitude (37 mil pés), quatro minutos antes do ponto em que deveriam mudar de altitude. Como resposta ouviu um "Ok. Mantenha".
O contato teria ocorrido antes do ponto em que o jato deveria, obrigatoriamente, baixar de altitude --naquele local, portanto, estaria na altitude correta.
Segundo o plano de vôo do Legacy, ele deveria voar a 37 mil pés (cerca de 12 quilômetros de altura) entre São José dos Campos e Brasília. A partir daí, voaria a 36 mil pés, e depois subiria a 38 mil pés a partir de um ponto da carta de aviação chamado Teres, a menos de 15 minutos (na velocidade do avião) do local onde teria havido a colisão entre o Legacy e o avião da Gol.
Segundo o ministro, a comunicação por voz do Legacy com a torre de controle foi interrompida antes que a aeronave chegasse a Brasília, ponto em que deveria mudar de altitude. Os controladores teriam feito, então, sucessivas tentativas de contato com o Legacy, sem obter resposta, de acordo com o relato do ministro.
Questionado sobre o repasse de informações das caixas pretas do Legacy ao delegado da Polícia Federal responsável pela investigação, o ministro disse ter dado instruções para que as informações sejam repassadas tanto à Polícia Federal quanto à Polícia Civil de Mato Grosso, que também investiga o caso. "Não temos segredos para nada", completou.
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