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22/10/2000 - 09h49

Camelôs destaques de CPI em SP trocam acusações

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da Folha de S.Paulo

Três personagens que ganharam destaque por denunciar esquema de arrecadação de propina na Administração Regional da Sé, na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal que investigou a máfia da propina, hoje trocam acusações.

O diretor do Sindicato da Economia Informal, José Ricardo Teixeira da Silva, o Alemão, e o ex-diretor da entidade, Hamurabi Pereira de Oliveira, acusam o presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, Afonso José da Silva, de ameaças, manipulação e envolvimento com gangues que, segundo eles, seriam responsáveis por atentados e mortes entre os marreteiros.

Alemão diz que foi ameaçado por Afonso um dia antes da morte do sindicalista Reinaldo Ferreira de Santana, em 17 de novembro de 99. Segundo Alemão, na noite anterior, Afonso o teria procurado com outras pessoas, identificadas por ele como Anchieta (José de Anchieta Fontes), Lincoln e Beto Gordo, armado.

Anchieta, apontado pela polícia como responsável pela morte de Reinaldo, cumpriu pena em Tremembé e foi libertado em agosto de 1997. Novamente detido, está preso em Pederneiras. Ele negou a acusação de homicídio.
Hamurabi e Alemão dizem que Anchieta era segurança de Afonso e teria interesse na morte de Reinaldo. Afonso negou que Anchieta fosse seu segurança. Em fevereiro, Reinaldo havia feito boletim de ocorrência contra Afonso, acusando-o de fazer ameaças.

Hamurabi, que à CPI acusou o deputado estadual cassado Hanna Garib de ser o maior beneficiário do esquema de arrecadação de propinas de camelôs no Brás, disse à Folha que foi "manipulado" por Afonso para culpar Garib. "Fui induzido a falar coisas que não eram verdade. O Afonso queria que mentisse sobre o Garib."

Hamurabi disse à polícia que Garib e Bernardo do Nascimento, o Piauí, acusado de ser mandante da tentativa de homicídio contra Afonso, eram amigos.

Mas para Hamurabi, "Piauí não tem nada a ver com o crime". Ele disse que mudou de idéia sobre Garib por "dor na consciência". "O Afonso cria muita inimizade e tem ganância de poder."

Procurado pela Folha, Garib disse que não manteve contato com Hamurabi e não sabe o que o levou a dar outra versão.

Para Afonso, as acusações não passam de "ciúmes" porque ele não os aceitou para trabalhar em sua campanha a vereador.

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