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23/10/2006 - 13h48

Protestos marcam júri de acusado de assassinar meninos no MA

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da Folha Online

Sob forte esquema de segurança e protestos, começou nesta segunda-feira o julgamento do mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Rodrigues Brito, 41, acusado de envolvimento no caso dos meninos emasculados do Maranhão. Ele foi levado a júri popular pela morte de Jonatham Silva Vieira, 15, ocorrida em dezembro de 2003. Brito é suspeito de ter matado 42 meninos, sendo 12 deles no Pará.

Segundo informações do TJ (Tribunal de Justiça) do Estado, familiares das vítimas e representantes de entidades de direitos humanos realizaram uma manifestação para pedir a condenação do acusado. No início da manhã, outro protesto ocorreu na entrada do Tribunal de Justiça.

Ao ser interrogado pelo juiz Márcio de Castro Brandão, Brito chorou, disse que teve uma infância sofrida e relatou ter sido abusado sexualmente aos 6 anos, de acordo com o TJ. A previsão é que o julgamento dure três dias.

Além de familiares de Jonatham e de outros garotos mortos, também acompanham o júri representantes do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, da Rede Amiga da Criança, do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua e do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, entre outros.

Vítima

De acordo com testemunhas, Jonatham foi visto pela última vez passeando com Brito, que teve a prisão decretada e passou a ser investigado por outras mortes.

Em abril de 2004, a polícia encontrou duas ossadas enterradas na casa de Brito. O mecânico, então, disse ter matado outros meninos, de acordo com a polícia. Apesar de admitir os assassinatos, ele diz não lembrar do momento ou motivos dos crimes.

Sobre a morte de Jonatham, no entanto, o mecânico nega a autoria. O advogado Erivelton Lago disse que se reuniu com seu cliente na última quarta-feira e que ele mantinha a versão dada no processo de que saiu para apanhar açaí com o garoto, mas que ele bateu a cabeça ao cair de uma árvore e morreu.

Outras vítimas

Brito responde a outros 22 processos na Justiça do Maranhão relativos à morte de 24 meninos entre 9 e 15 anos de idade, ocorridas entre 1991 e 2003 em São Luís, Paço do Lumiar e São José de Ribamar.

Ele teria cometido mais 12 crimes em Altamira (PA). A lista de assassinatos abrange de 1989 a 1993.

A negligência na investigação sobre as mortes dos meninos ao longo dos anos rendeu ao Brasil e ao Estado do Maranhão um processo na OEA (Organização dos Estados Americanos). Desde abril deste ano, o governo do Maranhão paga uma pensão mensal de R$ 500 às famílias das vítimas, como parte de um acordo intermediado pela OEA.

Com Agência Folha

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