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25/10/2006
-
22h18
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
Um grupo de pelo menos 50 prostitutas promoveu um apitaço nesta quarta-feira no paço municipal da Prefeitura de Campinas (95 km de São Paulo) em protesto contra o fechamento de alguns hotéis que serviam como pontos de trabalho para a categoria. Algumas delas usaram uma máscara de papel.
Coordenadores do movimento entregaram um manifesto a representantes da prefeitura no qual reivindicam "o fim da lei municipal que proíbe os hotéis de curta permanência no centro; o direito ao trabalhos das profissionais do sexo e o fim da violência e da perseguição policial" contra a categoria.
O grupo também distribuiu centenas de panfletos no qual dizem que a "Prefeitura de Campinas vem promovendo uma perseguição a esta categoria de trabalhadores, que atuam no centro da cidade, em nome de uma limpeza urbana".
A prefeitura informou que alguns hotéis foram fechados na semana passada porque não tinham alvará de funcionamento e porque desvirtuavam o uso dos estabelecimentos. A administração informou ainda que a categoria não sofre perseguição.
O grupo realizou uma passeata na avenida Anchieta, no centro, com cartazes que tinham dizeres como "Fim da violência policial", "Pelo direito de trabalho das profissionais do sexo" e "Pela permanência dos profissionais do sexo no centro de Campinas".
De acordo com representantes do movimento, cerca de 5.000 prostitutas trabalham em Campinas. "Acho errado a prefeitura fechar os hotéis no centro e nos impedir de trabalhar. Não temos outro emprego. Assim não tenho como pagar o meu IPTU", disse a prostituta que se identificou apenas como Maria, 60. Ela diz trabalhar há cerca de 30 anos no centro.
Um dos coordenadores do Grupo Identidade --ONG que atua em questões de cidadania--, César Gomes, disse que a prefeitura pratica uma política de "higienização" do centro. "Hoje são as prostitutas. Amanhã, quem garante que não serão os gays, os travestis e os moradores de rua?"
Uma comissão das prostitutas se reuniu com representantes da administração e ficou agendada uma nova reunião para discutir as reivindicações nos próximos dias.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre prostituição
Prostitutas promovem apitaço contra fechamento de hotéis em Campinas
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da Agência Folha, em Campinas
Um grupo de pelo menos 50 prostitutas promoveu um apitaço nesta quarta-feira no paço municipal da Prefeitura de Campinas (95 km de São Paulo) em protesto contra o fechamento de alguns hotéis que serviam como pontos de trabalho para a categoria. Algumas delas usaram uma máscara de papel.
Coordenadores do movimento entregaram um manifesto a representantes da prefeitura no qual reivindicam "o fim da lei municipal que proíbe os hotéis de curta permanência no centro; o direito ao trabalhos das profissionais do sexo e o fim da violência e da perseguição policial" contra a categoria.
O grupo também distribuiu centenas de panfletos no qual dizem que a "Prefeitura de Campinas vem promovendo uma perseguição a esta categoria de trabalhadores, que atuam no centro da cidade, em nome de uma limpeza urbana".
A prefeitura informou que alguns hotéis foram fechados na semana passada porque não tinham alvará de funcionamento e porque desvirtuavam o uso dos estabelecimentos. A administração informou ainda que a categoria não sofre perseguição.
O grupo realizou uma passeata na avenida Anchieta, no centro, com cartazes que tinham dizeres como "Fim da violência policial", "Pelo direito de trabalho das profissionais do sexo" e "Pela permanência dos profissionais do sexo no centro de Campinas".
De acordo com representantes do movimento, cerca de 5.000 prostitutas trabalham em Campinas. "Acho errado a prefeitura fechar os hotéis no centro e nos impedir de trabalhar. Não temos outro emprego. Assim não tenho como pagar o meu IPTU", disse a prostituta que se identificou apenas como Maria, 60. Ela diz trabalhar há cerca de 30 anos no centro.
Um dos coordenadores do Grupo Identidade --ONG que atua em questões de cidadania--, César Gomes, disse que a prefeitura pratica uma política de "higienização" do centro. "Hoje são as prostitutas. Amanhã, quem garante que não serão os gays, os travestis e os moradores de rua?"
Uma comissão das prostitutas se reuniu com representantes da administração e ficou agendada uma nova reunião para discutir as reivindicações nos próximos dias.
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