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26/10/2006 - 19h22

Juiz determina tratamento para jovem envolvido na morte de Liana e Felipe

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da Folha Online

O juiz Trazíbulo José Ferreira da Silva, da Deij (Departamento de Execuções da Infância e da Juventude) de São Paulo, determinou nesta quinta-feira que o jovem de 19 anos envolvido na morte do casal de namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19, em novembro de 2003, receba tratamento psiquiátrico.

Na época do crime, o jovem tinha 16 anos e foi encaminhado à Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), onde permanece até hoje. Com a decisão judicial, a Secretaria de Estado da Saúde tem dez dias para indicar uma instituição adequada para receber o jovem.

O jovem foi internado na Febem em 10 de novembro de 2003, em caráter provisório, e deveria deixar a fundação no próximo mês, quando expira o prazo de três anos. A medida impede que ele seja libertado, mas não estabelece o tempo de tratamento, o que deve ser definido pela equipe médica da instituição que o receber.

A decisão do juiz se baseia em laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo. "[O jovem], apesar do longo período de internação a que está submetido, alcançou progressos insuficientes e frágeis em relação às características negativas de sua personalidade apuradas à época dos atos infracionais [o assassinato do casal] e ainda ostenta, infelizmente, deficiências que o tornam propenso a novas ações anti-sociais violentas" diz o juiz em seu despacho.

Julgamento

Os três primeiros réus do caso foram condenados pelo crime no dia 20 de julho. Um quarto acusado --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco-- recorreu da sentença de pronúncia e ainda não tem data para ser julgado.

No júri, Agnaldo Pires foi condenado a 47 anos e três meses de prisão por estupro; Antônio Matias de Barros foi condenado a seis anos de reclusão e um ano, nove meses e 15 dias de detenção por seqüestro, porte de arma e favorecimento pessoal; e Antônio Caetano da Silva pegou 124 anos por ter auxiliado no seqüestro e estuprado Liana.

No Brasil, o condenado fica preso por, no máximo, 30 anos. Como a decisão é de primeira instância, ainda cabe recurso.

Crime

O casal mentiu sobre a viagem para Embu-Guaçu para os pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar na cidade, mas acreditava que ele estaria com amigos.

Os namorados teriam passado a madrugada do dia 31 de outubro de 2003 sob o vão livre do Masp, na avenida Paulista (centro de São Paulo). Teriam ficado no local até as 5h do dia 1º, quando chegaram ao terminal rodoviário do Tietê (zona norte de São Paulo).

Liana e Felipe desembarcaram em Embu-Guaçu por volta das 9h. Na cidade, compraram macarrão instantâneo, água, biscoitos e leite em pó. De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.

Cinco pessoas foram detidas sob acusação de envolvimento no crime: um adolescente, Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco, Antonio Matias de Barros, Antônio Silva e Aguinaldo Pires.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o casal Liana e Felipe

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