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30/10/2006 - 11h58

Familiares de vítima desaparecida do vôo 1907 acompanham buscas

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da Folha Online

Familiares de Marcelo Paixão, única das 154 vítimas da queda do vôo 1907 da Gol cujos restos mortais ainda não foram localizados, chegaram na manhã desta segunda-feira à fazenda Jarinã, onde estão concentrados os militares que trabalham nas buscas. O acidente --o maior da história do país-- completou um mês domingo (29).

O Boeing da Gol caiu depois de colidir com um jato Legacy, fabricado pela Embraer. O avião da Gol havia saído de Manaus e faria uma escala em Brasília antes de seguir para o Rio. Todos os ocupantes do Boeing morreram. O Legacy, da empresa norte-americana ExcelAire, conseguiu pousar na base aérea da serra do Cachimbo, apesar de danos na asa. Nenhum dos sete ocupantes --seis deles americanos-- ficou ferido.

O caso é investigado por uma comissão de autoridades brasileiras e estrangeiras do setor; pela Polícia Civil de Mato Grosso e pela PF. Os dois últimos órgãos deverão pedir a prorrogação do prazo para conclusão dos inquéritos.

Nesta segunda, os dez controladores de tráfego aéreo que trabalhavam no centro de Brasília (DF) no momento do acidente e seus supervisores devem começar a ser ouvidos pelo delegado Renato Sayão, da PF (Polícia Federal). Os depoimentos ocorrerão em local reservado, cedido pela Aeronáutica, para evitar vazamento de informação.

A PF também quer ouvir três controladores de São José dos Campos (SP), de onde decolou o jato Legacy, também envolvido no acidente. A data, porém, ainda não foi confirmada.

Nos próximos dias, deverá ser aberta a caixa de gravação de voz do Boeing, localizada no último dia 24. As análises das gravações do Boeing e do Legacy está sendo feita no Canadá. Sayão reivindica acesso ao conteúdo das gravações, negado pela Aeronáutica. O delegado recorreu à Justiça Federal, segundo a qual a competência para analisar o caso é do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Outros parentes

Os parentes de todas as pessoas mortas no acidente cobram respostas. Em nota enviada na sexta-feira (27) e assinada por nove integrantes da Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907, eles apresentam um balanço do período e afirmam que se preparam para oficializar uma associação, criada para representar as famílias interessadas.

Os parentes acusam as autoridades de "descaso", especialmente nas primeiras horas após o acidente. "Só quem vivenciou as primeiras horas de desespero nos aeroportos e nos seus lares, onde recebiam informações desencontradas, e que choravam e gritavam para serem ouvidas, vão se lembrar destes momentos para o resto de suas vidas."

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