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06/11/2006
-
16h55
da Folha Online
O Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) prendeu nesta segunda-feira, em São Miguel Paulista (zona leste de São Paulo), José Wilson Tavares Lopes, 27, o Tigrão, suspeito de ser o chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) fora dos presídios.
Na mesma operação também foi preso Adilson Daghia, 37, o Ferrugem, acusado de participar da morte do juiz-corregedor de Presidente Prudente (565 km a noroeste de São Paulo), Antonio José Machado Dias, 47, em março de 2003.
Responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região --entre eles chefes do PCC--, Dias foi assassinado pouco depois de deixar o fórum da cidade. Ele foi baleado após seu carro ser fechado por dois outros veículos. Dias era considerado um juiz sério e duro ao julgar pedidos dos presos.
Segundo a Delegacia de Roubo a Bancos, que realizou a investigação, Lopes é a "voz do PCC" fora dos presídios. Ele e Daghia foram presos em flagrante num apartamento em um conjunto habitacional na rua Papiro do Egito. No local foram encontrados um fuzil de fabricação alemã e ingredientes para o refino de cocaína.
A dupla estava sendo investigada pela delegacia por crimes atribuídos ao PCC. Daghia era procurado desde a morte do juiz.
Julgamento
Outro acusado pela morte de Machado é João Carlos Rangel Luisi, que tem julgamento marcado para 12 de fevereiro de 2007. O júri já foi cancelado duas vezes neste ano.
Em março, uma rebelião no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, onde Luisi está preso, causou o cancelamento. No mês de agosto, as advogadas do acusado deixaram o fórum antes de a juíza que presidiria o julgamento, Liza Livingston, instaurar a sessão.
Daghia é considerado co-réu no processo pela morte do juiz e será julgado separadamente. Outros dois acusados de participar da morte, Reinaldo Teixeira dos Santos e Ronaldo Dias, também serão julgados em separado.
Especial
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Polícia prende acusado de matar juiz em Presidente Prudente
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O Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) prendeu nesta segunda-feira, em São Miguel Paulista (zona leste de São Paulo), José Wilson Tavares Lopes, 27, o Tigrão, suspeito de ser o chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) fora dos presídios.
Na mesma operação também foi preso Adilson Daghia, 37, o Ferrugem, acusado de participar da morte do juiz-corregedor de Presidente Prudente (565 km a noroeste de São Paulo), Antonio José Machado Dias, 47, em março de 2003.
Divulgação |
O juiz-corregedor Antonio José Machado Dias |
Responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região --entre eles chefes do PCC--, Dias foi assassinado pouco depois de deixar o fórum da cidade. Ele foi baleado após seu carro ser fechado por dois outros veículos. Dias era considerado um juiz sério e duro ao julgar pedidos dos presos.
Segundo a Delegacia de Roubo a Bancos, que realizou a investigação, Lopes é a "voz do PCC" fora dos presídios. Ele e Daghia foram presos em flagrante num apartamento em um conjunto habitacional na rua Papiro do Egito. No local foram encontrados um fuzil de fabricação alemã e ingredientes para o refino de cocaína.
A dupla estava sendo investigada pela delegacia por crimes atribuídos ao PCC. Daghia era procurado desde a morte do juiz.
Julgamento
Outro acusado pela morte de Machado é João Carlos Rangel Luisi, que tem julgamento marcado para 12 de fevereiro de 2007. O júri já foi cancelado duas vezes neste ano.
Em março, uma rebelião no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, onde Luisi está preso, causou o cancelamento. No mês de agosto, as advogadas do acusado deixaram o fórum antes de a juíza que presidiria o julgamento, Liza Livingston, instaurar a sessão.
Daghia é considerado co-réu no processo pela morte do juiz e será julgado separadamente. Outros dois acusados de participar da morte, Reinaldo Teixeira dos Santos e Ronaldo Dias, também serão julgados em separado.
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