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07/11/2006 - 10h02

Ônibus pode subir a R$ 2,40 para evitar reajuste em 2008

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EVANDRO SPINELLI
da Folha de S.Paulo

O prefeito Gilberto Kassab (PFL) avalia a possibilidade de dar um reajuste acima do necessário nas tarifas de ônibus para só voltar a discutir o assunto no fim de 2008.

Com isso, evitaria o desgaste de conceder novo aumento da tarifa em ano eleitoral --Kassab deve tentar a reeleição em 2008-- e ainda poderia redirecionar verbas do Orçamento hoje destinadas a um subsídio às empresas para obras que lhe rendam mais visibilidade.

Um reajuste de R$ 2 para R$ 2,20 --10%-- seria suficiente para cobrir neste momento os custos das empresas, mas obrigaria a prefeitura a manter parte do subsídio atual, de R$ 320 milhões por ano, às viações.

O que está sendo estudado é passar a tarifa de ônibus para R$ 2,30 ou até R$ 2,40, um reajuste de 15% a 20%. Ao mesmo tempo, os R$ 320 milhões que constam da proposta de Orçamento de 2007 como subsídio para o setor seriam transferidos para setores prioritários como educação e saúde.

O presidente da Comissão de Finanças da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues (PL), já avisou que se o aumento for confirmado os recursos destinados ao subsídio vão para outra área. "Quando ele mandou o Orçamento não falou nada de aumento de tarifa. Com este aumento, vamos tirar os subsídios", disse Rodrigues, que analisa a proposta orçamentária.

Oficialmente, Kassab e o secretário dos Transportes, Frederico Bussinger, dizem que o assunto não está sequer em pauta na prefeitura. Ontem, no entanto, Kassab mudou um pouco o discurso. Admitiu que a questão pode entrar na pauta a qualquer momento.

O governo não tem muita pressa porque não há pressão das empresas, que estão sendo remuneradas como prevêem os contratos. Em março, mês do reajuste do contrato, a prefeitura instituiu o subsídio para não ter de aumentar a passagem, uma medida que seria impopular em ano eleitoral.

Por outro lado, o Metrô, que depende exclusivamente da tarifa, precisa de um reajuste ainda neste ano. Esse será o momento ideal para a prefeitura aumentar sua tarifa.

A estratégia de Kassab é semelhante à do governador eleito José Serra (PSDB). O tucano negocia com a equipe do atual governador, Cláudio Lembo (PFL), um reajuste maior na tarifa do Metrô para só precisar aumentar a passagem depois da eleição de 2008.

Mesmo após o reajuste do preço das passagens de ônibus e metrô, os créditos já inseridos no Bilhete Único continuarão a valer com o "preço velho".

O sistema tem condições de reconhecer a data da inserção dos créditos. Se foi antes do reajuste, o débito do cartão será feito pelo preço antigo.

Quem tiver o cartão pode inserir o crédito normalmente, dentro dos limites impostos pelo sistema.

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