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08/11/2006
-
12h30
da Folha Online
da Agência Folha
da Folha de S.Paulo
Presos do CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo) entraram nesta quarta-feira no terceiro dia da greve de fome. O protesto tem a adesão de 43 dos 57 detentos, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária.
Na segunda-feira, quando teve início a manifestação, 40 se recusaram a se alimentar. Entre eles está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o chefe da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
A secretaria investiga duas hipóteses para a greve. A principal é a insatisfação dos presos com a reforma da unidade --onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado)--, que deixou o sistema de segurança ainda mais rígido: celas foram reforçadas com metal nas janelas e até grades foram colocadas nos corredores em forma de gaiolas --para limitar o contato entre detento e funcionário. A segunda hipótese seria uma estratégia dos presos para forçar transferências para hospitais e, posteriormente, tentarem fugir.
A maior preocupação do secretário da Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, é que a greve de fome ganhe adesão dos presidiários da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de SP), onde estão quase 500 detentos tidos como do PCC.
CRP
Na noite de terça (7), o juiz-corregedor Carlos Fonseca Monnerat, do Decrim (Departamento de Execuções Criminais de São Paulo), determinou que as denúncias de más condições das celas da penitenciária de Presidente Bernardes sejam investigadas pela secretaria.
Um documento com as denúncias foi entregue ao Decrim pela advogada Iracema Vasciaveo, da ONG Nova Ordem, que presta atendimento jurídico a presidiários e já foi investigada pelo Ministério Público por supostas ligações com o PCC.
Com a decisão da Justiça, a Secretaria da Administração Penitenciária tem três dias para verificar se as denúncias procedem e para avaliar as condições de saúde dos presos que protestam, apresentando relatório ao juiz. A decisão determina ainda que as refeições continuem a ser oferecidas aos presos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Primeiro Comando da Capital
Leia o que já foi publicado sobre Marcola
Greve de fome ganha adesão de 43 presos em Presidente Bernardes
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da Agência Folha
da Folha de S.Paulo
Presos do CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo) entraram nesta quarta-feira no terceiro dia da greve de fome. O protesto tem a adesão de 43 dos 57 detentos, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária.
Na segunda-feira, quando teve início a manifestação, 40 se recusaram a se alimentar. Entre eles está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o chefe da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
A secretaria investiga duas hipóteses para a greve. A principal é a insatisfação dos presos com a reforma da unidade --onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado)--, que deixou o sistema de segurança ainda mais rígido: celas foram reforçadas com metal nas janelas e até grades foram colocadas nos corredores em forma de gaiolas --para limitar o contato entre detento e funcionário. A segunda hipótese seria uma estratégia dos presos para forçar transferências para hospitais e, posteriormente, tentarem fugir.
A maior preocupação do secretário da Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, é que a greve de fome ganhe adesão dos presidiários da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de SP), onde estão quase 500 detentos tidos como do PCC.
CRP
Na noite de terça (7), o juiz-corregedor Carlos Fonseca Monnerat, do Decrim (Departamento de Execuções Criminais de São Paulo), determinou que as denúncias de más condições das celas da penitenciária de Presidente Bernardes sejam investigadas pela secretaria.
Um documento com as denúncias foi entregue ao Decrim pela advogada Iracema Vasciaveo, da ONG Nova Ordem, que presta atendimento jurídico a presidiários e já foi investigada pelo Ministério Público por supostas ligações com o PCC.
Com a decisão da Justiça, a Secretaria da Administração Penitenciária tem três dias para verificar se as denúncias procedem e para avaliar as condições de saúde dos presos que protestam, apresentando relatório ao juiz. A decisão determina ainda que as refeições continuem a ser oferecidas aos presos.
Especial
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