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09/11/2006
-
10h36
ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo
Apontado como chefe de um grupo de extermínio supostamente formado por policiais de Guarulhos (Grande São Paulo), o soldado do 15º Batalhão da Polícia Militar Cláudio Honório de Morais, 41, será julgado hoje, a partir das 13h, pelo assassinato de três jovens --Daniel Gervilia dos Santos e Rodrigo Franco dos Santos, ambos de 22 anos, e Paulo Sérgio de Souza Bernardes, 19.
Ao lado de Morais, no Tribunal do Júri de Guarulhos, também será julgado o segurança Cláudio Rodrigues dos Santos, 25. Os dois réus --que estão presos--, juntamente com Sérgio da Silva, 31, o Serginho, que será julgado em outra data, são acusados de matar os jovens a tiros em 6 de abril de 2003, no Jardim Tranqüilidade.
Caso seja condenado pela chacina, Morais, que já foi investigado por outros dez assassinatos, poderá pegar a uma pena de até 52 anos.
Segundo o promotor Marcelo Alexandre de Oliveira, os réus estavam em um Gol quando cometeram o crime. Ainda segundo a acusação, a intenção era matar o irmão de Daniel. A vítima Rodrigo Franco dos Santos teria sido morta por engano. Carlos Alberto Pinheiro Júnior, 20, que estava com os jovens, escapou dos tiros ao pular o muro de uma casa.
Apontado pelo promotor como a principal testemunha da chacina, Pinheiro Júnior, porém, foi assassinado, também a tiros, em 14 de janeiro.
Extermínio
Entre 2002 e 2003, Guarulhos ficou marcada pela ação de um grupo de extermínio. No período, o Ministério Público contabilizou 52 assassinatos com características de execução. Os crimes, segundo a Promotoria, foram encomendados por comerciantes e cometidos por criminosos que usavam toucas tipo ninja e estavam em carros com vidros escurecidos ou em motos.
Nas casas de Morais e de Santos, foram apreendidas toucas desse tipo, armas irregulares, rádios HT que operavam na freqüência da PM e um capacete com a imagem de um bebê pintada --segundo testemunhas, o grupo usava um com a mesma característica.
Outro lado
O advogado Eugênio Carlo Balliano Malavasi, defensor de Cláudio Honório de Morais, disse ontem à reportagem que seu cliente nega qualquer tipo de crime imputado a ele e que "a polícia de Guarulhos o acusa de vários outros crimes, alguns deles até ligados ao suposto grupo de extermínio, mas sempre sem provas."
Roberto Ribeiro de Araújo, responsável pela defesa de Cláudio Rodrigues dos Santos, disse não ter certeza de que o julgamento contra seu cliente e o PM Morais ocorrerá hoje mesmo. Segundo ele, ainda não foram realizados confrontos balísticos nas arma apreendidas. Ele disse que tentará a absolvição de seu cliente alegando que ele não poderia ter sido visto no Gol.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre grupos de extermínio
PM vai a julgamento pela morte de três jovens
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da Folha de S.Paulo
Apontado como chefe de um grupo de extermínio supostamente formado por policiais de Guarulhos (Grande São Paulo), o soldado do 15º Batalhão da Polícia Militar Cláudio Honório de Morais, 41, será julgado hoje, a partir das 13h, pelo assassinato de três jovens --Daniel Gervilia dos Santos e Rodrigo Franco dos Santos, ambos de 22 anos, e Paulo Sérgio de Souza Bernardes, 19.
Ao lado de Morais, no Tribunal do Júri de Guarulhos, também será julgado o segurança Cláudio Rodrigues dos Santos, 25. Os dois réus --que estão presos--, juntamente com Sérgio da Silva, 31, o Serginho, que será julgado em outra data, são acusados de matar os jovens a tiros em 6 de abril de 2003, no Jardim Tranqüilidade.
Caso seja condenado pela chacina, Morais, que já foi investigado por outros dez assassinatos, poderá pegar a uma pena de até 52 anos.
Segundo o promotor Marcelo Alexandre de Oliveira, os réus estavam em um Gol quando cometeram o crime. Ainda segundo a acusação, a intenção era matar o irmão de Daniel. A vítima Rodrigo Franco dos Santos teria sido morta por engano. Carlos Alberto Pinheiro Júnior, 20, que estava com os jovens, escapou dos tiros ao pular o muro de uma casa.
Apontado pelo promotor como a principal testemunha da chacina, Pinheiro Júnior, porém, foi assassinado, também a tiros, em 14 de janeiro.
Extermínio
Entre 2002 e 2003, Guarulhos ficou marcada pela ação de um grupo de extermínio. No período, o Ministério Público contabilizou 52 assassinatos com características de execução. Os crimes, segundo a Promotoria, foram encomendados por comerciantes e cometidos por criminosos que usavam toucas tipo ninja e estavam em carros com vidros escurecidos ou em motos.
Nas casas de Morais e de Santos, foram apreendidas toucas desse tipo, armas irregulares, rádios HT que operavam na freqüência da PM e um capacete com a imagem de um bebê pintada --segundo testemunhas, o grupo usava um com a mesma característica.
Outro lado
O advogado Eugênio Carlo Balliano Malavasi, defensor de Cláudio Honório de Morais, disse ontem à reportagem que seu cliente nega qualquer tipo de crime imputado a ele e que "a polícia de Guarulhos o acusa de vários outros crimes, alguns deles até ligados ao suposto grupo de extermínio, mas sempre sem provas."
Roberto Ribeiro de Araújo, responsável pela defesa de Cláudio Rodrigues dos Santos, disse não ter certeza de que o julgamento contra seu cliente e o PM Morais ocorrerá hoje mesmo. Segundo ele, ainda não foram realizados confrontos balísticos nas arma apreendidas. Ele disse que tentará a absolvição de seu cliente alegando que ele não poderia ter sido visto no Gol.
Especial
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