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09/11/2006
-
10h32
ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo
O controle do espaço aéreo do Brasil tinha ontem 40 instrumentos de auxílio à navegação de pilotos e outras 24 freqüências da comunicação terra-ar sem funcionar, conforme um relatório que é atualizado diariamente pela Aeronáutica.
A proporção desses equipamentos inoperantes não chega a ser grande em relação ao total existente --4,9% e 2,4%, respectivamente--, mas preocupa profissionais da aviação por envolver sistemas que podem ser importantes para a proteção do vôo e pela demora habitual para os reparos e manutenções.
Informações aos pilotos
Os instrumentos de auxílio à navegação têm a função de fornecer aos pilotos as marcações e rumos exatos que uma aeronave deve tomar ao entrar numa via ou durante um pouso.
Já as freqüências de comunicação em VHF servem para os contatos entre os controladores em terra com os aviões.
Geralmente há sistemas que compensam a ausência de algum aparelho, mas a inoperância pode colaborar para incidentes ou acidentes se falharem as opções alternativas.
Ontem a Folha citou três casos de instrumentos de auxílio à navegação conhecidos como VOR --localizados em Santana de Parnaíba (na região metropolitana), Sorocaba (a 100 km de SP) e próximo ao aeroporto de Cumbica (Guarulhos)-- que estão inativos, à espera de reparo ou troca, há quatro anos.
Em reunião ontem entre técnicos de segurança de vôo de órgãos públicos e companhias aéreas, foram citadas deficiências com a inoperância de ILS (outro tipo de auxílio à navegação) em Porto Velho (RO).
"Todo equipamento tem sua importância, do contrário nem existiria. É claro que não deveria haver nada sem funcionar. Mas eventualmente a gente sabe que pode ocorrer em qualquer lugar. É por isso que precisa haver programas preventivos e corretivos que respondam com rapidez", avalia Ronaldo Jenkins, coordenador de segurança de vôo do sindicato das empresas aéreas.
O sistema de controle aéreo brasileiro dispõe de 116 estações de comunicação terra-ar, com 982 freqüências. A inoperância de 24 delas, segundo técnicos, pode fazer falta em lugares onde há poucas opções de freqüência à disposição.
Aeronáutica
A Aeronáutica prefere não opinar sobre a quantidade dos equipamentos inoperantes --se considera normal, pequena ou grande-- e afirma que o prazo médio para reparar os sistemas quebrados depende de fatores como a complexidade das panes e a localização.
Ela também disse que todos os 184 sistemas de radares espalhados pelo país funcionavam normalmente ontem. Os mais antigos, informou, são do início da década de 80 e somam menos de 10% do total. Eles estão localizados em terminais como Brasília, Rio de Janeiro-Galeão e São Paulo-Guarulhos.
Stefan Jucewicz, autor do livro "Radar", afirma que a vida útil de um aparelho desses se esgota depois de 30 anos.
A Aeronáutica avalia, no entanto, que as modernizações feitas desde 2001 e com previsão de término até 2011 são suficientes para deixá-los no mesmo nível tecnológico dos atuais produtos disponíveis no mercado mundial.
Especial
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Relatório da FAB aponta 40 aparelhos inoperantes
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da Folha de S.Paulo
O controle do espaço aéreo do Brasil tinha ontem 40 instrumentos de auxílio à navegação de pilotos e outras 24 freqüências da comunicação terra-ar sem funcionar, conforme um relatório que é atualizado diariamente pela Aeronáutica.
A proporção desses equipamentos inoperantes não chega a ser grande em relação ao total existente --4,9% e 2,4%, respectivamente--, mas preocupa profissionais da aviação por envolver sistemas que podem ser importantes para a proteção do vôo e pela demora habitual para os reparos e manutenções.
Informações aos pilotos
Os instrumentos de auxílio à navegação têm a função de fornecer aos pilotos as marcações e rumos exatos que uma aeronave deve tomar ao entrar numa via ou durante um pouso.
Já as freqüências de comunicação em VHF servem para os contatos entre os controladores em terra com os aviões.
Geralmente há sistemas que compensam a ausência de algum aparelho, mas a inoperância pode colaborar para incidentes ou acidentes se falharem as opções alternativas.
Ontem a Folha citou três casos de instrumentos de auxílio à navegação conhecidos como VOR --localizados em Santana de Parnaíba (na região metropolitana), Sorocaba (a 100 km de SP) e próximo ao aeroporto de Cumbica (Guarulhos)-- que estão inativos, à espera de reparo ou troca, há quatro anos.
Em reunião ontem entre técnicos de segurança de vôo de órgãos públicos e companhias aéreas, foram citadas deficiências com a inoperância de ILS (outro tipo de auxílio à navegação) em Porto Velho (RO).
"Todo equipamento tem sua importância, do contrário nem existiria. É claro que não deveria haver nada sem funcionar. Mas eventualmente a gente sabe que pode ocorrer em qualquer lugar. É por isso que precisa haver programas preventivos e corretivos que respondam com rapidez", avalia Ronaldo Jenkins, coordenador de segurança de vôo do sindicato das empresas aéreas.
O sistema de controle aéreo brasileiro dispõe de 116 estações de comunicação terra-ar, com 982 freqüências. A inoperância de 24 delas, segundo técnicos, pode fazer falta em lugares onde há poucas opções de freqüência à disposição.
Aeronáutica
A Aeronáutica prefere não opinar sobre a quantidade dos equipamentos inoperantes --se considera normal, pequena ou grande-- e afirma que o prazo médio para reparar os sistemas quebrados depende de fatores como a complexidade das panes e a localização.
Ela também disse que todos os 184 sistemas de radares espalhados pelo país funcionavam normalmente ontem. Os mais antigos, informou, são do início da década de 80 e somam menos de 10% do total. Eles estão localizados em terminais como Brasília, Rio de Janeiro-Galeão e São Paulo-Guarulhos.
Stefan Jucewicz, autor do livro "Radar", afirma que a vida útil de um aparelho desses se esgota depois de 30 anos.
A Aeronáutica avalia, no entanto, que as modernizações feitas desde 2001 e com previsão de término até 2011 são suficientes para deixá-los no mesmo nível tecnológico dos atuais produtos disponíveis no mercado mundial.
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