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09/11/2006 - 22h04

Mil litros de óleo vazam no porto de Santos

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MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos

Aproximadamente mil litros de óleo combustível vazaram do navio cargueiro Smart 1, do Panamá, no porto de Santos, no litoral paulista (85 km a sudeste da capital). Segundo a Cetesb, o vazamento se alastrou por uma faixa de quase 2 km, mas não atingiu as praias.

Apesar de parte do vazamento ter sido contido ainda próximo ao navio, faltaram apenas 200 metros para que o óleo atingisse as areias da praia da Ponta da Praia.

O óleo vazou do navio na tarde de anteontem, no momento em que os tripulantes faziam uma manobra com o material dentro da própria embarcação.

Cerca de 30 pessoas, entre técnicos da Cetesb (agência ambiental paulista) e funcionários da Codesp (estatal que administra o porto de Santos), passaram a madrugada de ontem trabalhando para evitar que o óleo se espalhasse. Pela manhã, o material já havia sido retirado do mar.

"Durante toda a noite, nossa preocupação era com a praia e com os mangues. Não encontramos óleo em nenhuma das avaliações que fizemos [nesses locais]", afirmou o engenheiro da Cetesb William Nunes.

O vazamento foi percebido por volta das 14h40 de anteontem por uma embarcação da Capitania dos Portos que fazia ronda pelo porto. O Smart 1 estava atracado desde terça-feira em frente ao armazém 38.

Na operação de retirada do produto derramado, duas empresas contratadas pela Codesp utilizaram bóias para cercar a área afetada, mantas que absorvem o óleo do mar e um caminhão de sucção a vácuo.

Nunes disse que o óleo derramado se concentrou próximo à mureta da avenida da praia, o que acabou facilitando o trabalho durante a noite. "Aproveitamos a iluminação da orla."

Impacto ambiental

Para o biólogo marinho André Rodrigues Neto, todo vazamento de óleo acaba causando impactos no ambiente, porque o produto nunca é todo retirado do mar. "Alguns resíduos podem afundar e causar vários problemas."

De acordo com o capitão dos portos de São Paulo, capitão-de-mar-e-guerra Marcos Nunes de Miranda, as circunstâncias do vazamento serão analisadas pela Marinha. "O navio será autuado e possivelmente multado. O valor varia de R$ 1.000 a R$ 50 milhões."

A saída do Smart 1 estava prevista para 12h30 de ontem, mas a embarcação não foi liberada pela Capitania dos Portos.

"O navio não pode sair enquanto o comandante não entregar uma carta explicativa do que aconteceu a bordo e alguém assumir a responsabilidade civil sobre a poluição causada", disse Miranda.

A agência Transatlantic Carriers, responsável pelo navio em Santos, disse que entrou em contato com a seguradora. A Pandibra, empresa que responde pela seguradora no Brasil, afirmou que já havia encaminhado a documentação à Marinha e aguardava autorização para o navio deixar o país.

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