Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/11/2006 - 09h22

Verba destinada à segurança aérea paga até ração

Publicidade

MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Parte do dinheiro destinado ao programa de segurança do tráfego aéreo brasileiro neste ano pagou até ração para cachorro, além de festas e homenagens, registram dados do Siafi (sistema de acompanhamento de gastos federais).

Pesquisa feita pela organização não-governamental Contas Abertas mostra que a compra de seis toneladas de ração para cães consumiu R$ 20 mil dos R$ 172,4 milhões gastos no programa, que é subordinado ao Ministério da Defesa.

Os animais fazem parte do sistema de segurança do Cindacta-2, o centro de controle de tráfego aéreo com sede em Curitiba, no Paraná. Valor semelhante --R$ 21,4 mil-- foi gasto em "festividades e homenagens", segundo a ONG.

Compromisso

No auge do apagão aéreo, durante o feriado prolongado de Finados, o comando da Aeronáutica negou que a crise na área de controle de tráfego de vôo tivesse sido provocada pela falta de dinheiro, apesar do bloqueio de recursos do Fundo Aeronáutico.

A Aeronáutica também se comprometeu a acelerar os gastos do programa: há dois meses do final do ano, pouco mais da metade --ou 54,7%-- das despesas previstas para 2006 havia sido paga, já consideradas as contas pendentes de anos anteriores.

Restavam ainda aproximadamente R$ 200 milhões para serem empenhados (compromisso que antecede o gasto propriamente dito).

A maior parcela do dinheiro foi gasta com serviços prestados por empresas, como a instalação de radares, mostra o levantamento da ONG Contas Abertas. Os investimentos consumiram R$ 55 milhões contra R$ 19 milhões pagos em diárias e na compra de passagens, até a última segunda-feira.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre inquéritos que investigam o acidente
  • Leia a cobertura completa sobre o vôo 1907
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página