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17/11/2006 - 10h03

Para Chanel, moda não pode ser responsabilizada por anorexia

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da Folha de S.Paulo

A Chanel se manifestou ontem sobre a morte da modelo Ana Carolina Reston e disse que "a moda não é responsável pela anorexia". Um porta-voz da marca declarou que "lamentavelmente a anorexia é uma realidade, um verdadeiro problema da sociedade. Mas não há porque criar falsa polêmica. A moda não é responsável pela anorexia".

Grandes agências de modelos também se pronunciaram e, à Folha, negaram ter meninas anoréxicas em seus quadros. Segundo as agências, garotas que ainda não são modelos e que tentam um lugar nas passarelas são mais suscetíveis à doença do que quem já está inserida no mercado.

"Trabalho há nove anos com modelos e nunca vi um caso de anorexia", diz o booker (agente) Anderson Baumgartner, da Marilyn . De acordo com ele, na sua agência existem três nutricionistas e três psicólogos para cuidar das modelos.

A diretora da Elite, Adriana Leite, diz que orienta as garotas com palestras, mas afirma que a responsabilidade é muito mais da família do que da agência. Segundo ela, não há como enviar um profissional para as casas de todas as modelos.

Para Adriana Ogata, da Ford, que oferece nutricionistas e atendimento médico às agenciadas, há mais casos de modelos que têm compulsão alimentar do que anorexia. "As modelos sabem que, se estiverem muito magras, não vão conseguir trabalho", afirma.

O diretor da Mega, Eli Hadid, conta que a agência oferece almoço e jantar para as modelos, feitos a partir de um cardápio de nutricionista. "Grandes modelos, como Ana Hickman e Adriana Lima, não são esquálidas. Quero gente saudável, odeio mulheres que parecem que vão quebrar", diz. Em sua opinião, é essencial boa alimentação e ginástica. "[Modelo] tem que ir para academia."

Pesquisas internacionais mostram que a anorexia atinge mais pessoas ligadas ao mundo da moda, mas não é um problema exclusivo dessa área. "A anorexia afeta de 2% a 4% da população em geral. Já entre as pessoas que trabalham com moda, atinge entre 4% a 8%", diz o psiquiatra Fabio Salzano, do ambulatório de transtornos alimentares do HC.

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