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19/11/2006
-
09h23
DANIEL BERGAMASCO
da Folha de S.Paulo
Estrela de grifes como Dior e Armani, a top Letícia Birkheuer, 28, fica "revoltada", mas não estranha os casos de morte por anorexia de garotas ligadas ao mundo da moda. "As meninas param de comer, fazem loucuras", afirma a gaúcha de Passo Fundo, atriz, ex-jogadora de vôlei.
FOLHA - De quem é a culpa?
LETÍCIA BIRKHEUER - O mercado exige que as meninas estejam magras e é claro que há muito exagero nisso. Mas é a agência que tira a menina de 13 anos da casa do pai e que deveria ter cuidado com ela. Não conheço nenhuma agência que tome cuidado. Jogam a modelo num apartamento com mais modelos e ninguém vê se estão fazendo regimes loucos, usando drogas, chegando às 5h, se envolvendo com pessoas erradas.
FOLHA - Falta fiscalização dos pais?
LETÍCIA BIRKHEUER - Não culparia os pais, mas falta mais atenção, sim. Quando comecei, minha mãe viajava comigo, veio para São Paulo conversar com o dono da agência, ver onde iria morar. Tem meninas que chegam a São Paulo, a carreira não dá certo, e elas têm que vender o corpo para não voltar para casa.
FOLHA - As agências sabem disso?
LETÍCIA BIRKHEUER - Há agências que participam.
FOLHA - Quais agências?
LETÍCIA BIRKHEUER - Não vou citar nomes. Mas existe, lá fora e no Brasil. Há muita história triste.
FOLHA - Por exemplo...
LETÍCIA BIRKHEUER - Tem menina que morre de bulimia e muita menina drogada. A Kate Moss, que foi flagrada com cocaína, deve usar drogas desde que começou na carreira. Ela é um ícone e eu sei que não cabe a mim julgar, mas, se fosse estilista, não associaria minha imagem a um usuário de drogas, que está doente e precisa se tratar. Sou magra [58 kg, 1,81 m], mas minha família toda é magra. Já pesei 54 quilos, fiz regime, às vezes até me esquecia de comer entre um desfile e outro, mas minha mãe estava sempre lá para me fazer comer
Especial
Leia o que foi publicado sobre anorexia
Não conheço agência que tome cuidado, afirma Letícia Birkheuer
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da Folha de S.Paulo
Estrela de grifes como Dior e Armani, a top Letícia Birkheuer, 28, fica "revoltada", mas não estranha os casos de morte por anorexia de garotas ligadas ao mundo da moda. "As meninas param de comer, fazem loucuras", afirma a gaúcha de Passo Fundo, atriz, ex-jogadora de vôlei.
FOLHA - De quem é a culpa?
LETÍCIA BIRKHEUER - O mercado exige que as meninas estejam magras e é claro que há muito exagero nisso. Mas é a agência que tira a menina de 13 anos da casa do pai e que deveria ter cuidado com ela. Não conheço nenhuma agência que tome cuidado. Jogam a modelo num apartamento com mais modelos e ninguém vê se estão fazendo regimes loucos, usando drogas, chegando às 5h, se envolvendo com pessoas erradas.
FOLHA - Falta fiscalização dos pais?
LETÍCIA BIRKHEUER - Não culparia os pais, mas falta mais atenção, sim. Quando comecei, minha mãe viajava comigo, veio para São Paulo conversar com o dono da agência, ver onde iria morar. Tem meninas que chegam a São Paulo, a carreira não dá certo, e elas têm que vender o corpo para não voltar para casa.
FOLHA - As agências sabem disso?
LETÍCIA BIRKHEUER - Há agências que participam.
FOLHA - Quais agências?
LETÍCIA BIRKHEUER - Não vou citar nomes. Mas existe, lá fora e no Brasil. Há muita história triste.
FOLHA - Por exemplo...
LETÍCIA BIRKHEUER - Tem menina que morre de bulimia e muita menina drogada. A Kate Moss, que foi flagrada com cocaína, deve usar drogas desde que começou na carreira. Ela é um ícone e eu sei que não cabe a mim julgar, mas, se fosse estilista, não associaria minha imagem a um usuário de drogas, que está doente e precisa se tratar. Sou magra [58 kg, 1,81 m], mas minha família toda é magra. Já pesei 54 quilos, fiz regime, às vezes até me esquecia de comer entre um desfile e outro, mas minha mãe estava sempre lá para me fazer comer
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