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21/11/2006
-
23h07
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
A secretária Daniele Gonçalves de Freitas, 25, morreu na mesa de cirurgia após se submeter a um implante de silicone nos seios, no hospital Santa Madalena Sofia, em Curitiba, no último sábado (18).
O implante foi feito pelo médico Marcos Ceschin. Ele é clínico e cirurgião geral e médico do trabalho e não tem especialização em cirurgia plástica.
A morte da jovem, segundo nota divulgada pelo médico, foi uma "verdadeira fatalidade", causada por hipertermia maligna. Rara, a doença é provocada por deficiência de enzimas no organismo e pode ser controlada se tratada com medicamentos.
Dante Bytner, amigo da família de Freitas, disse que ela era "franzina" e aparentava ter cerca de 12 anos. Bytner e a mulher foram chamados a comparecer ao hospital no sábado. Chegaram às 14h10 e encontraram Freitas já morta. A cirurgia foi feita de manhã.
A família da secretária irá apresentar queixa contra o médico no CRM (Conselho Regional de Medicina) do Paraná. Bytner disse acreditar que a família também acionará Ceschin na Justiça. Segundo ele, o médico cobrou R$ 4.000 pelo implante.
Outro caso
A morte de Freitas não foi o primeiro caso de complicação em cirurgia realizada por Ceschin neste ano. Em outubro, o médico foi denunciado ao CRM por Ilma Proença, 26. Ela disse que perdeu 21 kg (de 67 kg para 46 kg) em quatro meses, após passar por operação de redução intestinal.
Proença alega ter perdido peso em excesso. ''Quase morri, perdi o emprego por não poder trabalhar e hoje vivo da pensão da minha mãe'', disse.
A seção paranaense da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica informou que a realização de cirurgia plástica por cirurgião geral não é proibida, mas que o procedimento não é recomendado.
Outro lado
Em nota, Ceschin informou que a hipertermia maligna é de "ocorrência raríssima" e é o "temor de qualquer equipe cirúrgica, em qualquer serviço médico do mundo". Disse que a doença leva à morte "em poucos minutos" e que, após sua ocorrência, as "chances de sobrevivência são mínimas".
O médico, ex-vereador e candidato derrotado a prefeito de Pinhais (região metropolitana de Curitiba), também informou que sua equipe no hospital já fez cerca de 15 mil cirurgias em 25 anos, sem nenhuma morte.
Ceschin disse que a "lamentável perda" atingiu também "toda minha equipe médica e do hospital, tendo em vista o inusitado da situação". Colocou-se à "inteira disposição" da família para esclarecimentos.
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da Agência Folha, em Curitiba
A secretária Daniele Gonçalves de Freitas, 25, morreu na mesa de cirurgia após se submeter a um implante de silicone nos seios, no hospital Santa Madalena Sofia, em Curitiba, no último sábado (18).
O implante foi feito pelo médico Marcos Ceschin. Ele é clínico e cirurgião geral e médico do trabalho e não tem especialização em cirurgia plástica.
A morte da jovem, segundo nota divulgada pelo médico, foi uma "verdadeira fatalidade", causada por hipertermia maligna. Rara, a doença é provocada por deficiência de enzimas no organismo e pode ser controlada se tratada com medicamentos.
Dante Bytner, amigo da família de Freitas, disse que ela era "franzina" e aparentava ter cerca de 12 anos. Bytner e a mulher foram chamados a comparecer ao hospital no sábado. Chegaram às 14h10 e encontraram Freitas já morta. A cirurgia foi feita de manhã.
A família da secretária irá apresentar queixa contra o médico no CRM (Conselho Regional de Medicina) do Paraná. Bytner disse acreditar que a família também acionará Ceschin na Justiça. Segundo ele, o médico cobrou R$ 4.000 pelo implante.
Outro caso
A morte de Freitas não foi o primeiro caso de complicação em cirurgia realizada por Ceschin neste ano. Em outubro, o médico foi denunciado ao CRM por Ilma Proença, 26. Ela disse que perdeu 21 kg (de 67 kg para 46 kg) em quatro meses, após passar por operação de redução intestinal.
Proença alega ter perdido peso em excesso. ''Quase morri, perdi o emprego por não poder trabalhar e hoje vivo da pensão da minha mãe'', disse.
A seção paranaense da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica informou que a realização de cirurgia plástica por cirurgião geral não é proibida, mas que o procedimento não é recomendado.
Outro lado
Em nota, Ceschin informou que a hipertermia maligna é de "ocorrência raríssima" e é o "temor de qualquer equipe cirúrgica, em qualquer serviço médico do mundo". Disse que a doença leva à morte "em poucos minutos" e que, após sua ocorrência, as "chances de sobrevivência são mínimas".
O médico, ex-vereador e candidato derrotado a prefeito de Pinhais (região metropolitana de Curitiba), também informou que sua equipe no hospital já fez cerca de 15 mil cirurgias em 25 anos, sem nenhuma morte.
Ceschin disse que a "lamentável perda" atingiu também "toda minha equipe médica e do hospital, tendo em vista o inusitado da situação". Colocou-se à "inteira disposição" da família para esclarecimentos.
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