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24/11/2006
-
08h36
da Folha Online
ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Mesmo depois de ouvir os 13 controladores de tráfego aéreo que acompanharam a trajetória do Legacy envolvido na colisão e na queda do Boeing da Gol ocorrida no dia 29 de setembro, a PF (Polícia Federal) ainda evita apontar responsáveis pelo acidente, que é considerado o maior da história aeronáutica brasileira.
Os controladores foram ouvidos entre segunda (20) e quinta-feira (23) pelo delegado Rubens Maleiner, substituto interino do presidente da investigação, Renato Sayão, que está em licença médica. Os profissionais --entre supervisores, controladores e auxiliares-- atuavam no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e em São José dos Campos (120 km a nordeste de São Paulo), onde o Legacy decolou.
Em suas declarações, segundo a PF, os profissionais reafirmaram que as tentativas de contato ocorridas entre eles e o Legacy eram um procedimento padrão motivado pela perda de rádio.
O Boeing caiu em uma área de mata fechada de Mato Grosso depois de bater no ar contra o Legacy, que pertence à empresa de táxi aéreo norte-americana ExcelAire. Os 154 ocupantes do avião comercial morreram. Mesmo danificado, o Legacy conseguiu pousar, e nenhum dos sete ocupantes --seis norte-americanos-- ficou ferido.
Nos próximos dias, a PF deverá analisar as caixas-pretas das duas aeronaves. O material foi entregue à PF pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Aeronáutica, apenas na quarta (22) e mediante ordem judicial. Antes, ele estava disponível apenas para os integrantes da comissão do setor que apura o caso.
Outros passos que a PF deverá tomar antes de realizar indiciamentos são ouvir os pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que permanecem impedidos de deixar o Brasil desde o acidente; e os três controladores de vôo que trabalhavam em Manaus (AM), onde decolou o Boeing, rumo a Brasília, antes da queda.
Resgate
Na quarta (22), o IML (Instituto Médico Legal) de Brasília concluiu a identificação dos 154 mortos na queda do Boeing da Gol ao encontrar os restos mortais de Marcelo Paixão, por meio de um exame de DNA, em fragmentos de ossos recolhidos no local do acidente.
A Aeronáutica manteve as buscas ao corpo de Paixão até o último dia 16. No mês passado, a família da vítima foi até a fazenda Jarinã, onde ficavam concentradas as equipes de resgate, e realizaram uma cerimônia de despedida. No local do acidente, sobre os destroços da aeronave, foram depositadas uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e uma Bíblia.
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Após depoimentos, PF evita apontar culpados por queda de Boeing
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ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Mesmo depois de ouvir os 13 controladores de tráfego aéreo que acompanharam a trajetória do Legacy envolvido na colisão e na queda do Boeing da Gol ocorrida no dia 29 de setembro, a PF (Polícia Federal) ainda evita apontar responsáveis pelo acidente, que é considerado o maior da história aeronáutica brasileira.
Os controladores foram ouvidos entre segunda (20) e quinta-feira (23) pelo delegado Rubens Maleiner, substituto interino do presidente da investigação, Renato Sayão, que está em licença médica. Os profissionais --entre supervisores, controladores e auxiliares-- atuavam no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e em São José dos Campos (120 km a nordeste de São Paulo), onde o Legacy decolou.
Em suas declarações, segundo a PF, os profissionais reafirmaram que as tentativas de contato ocorridas entre eles e o Legacy eram um procedimento padrão motivado pela perda de rádio.
O Boeing caiu em uma área de mata fechada de Mato Grosso depois de bater no ar contra o Legacy, que pertence à empresa de táxi aéreo norte-americana ExcelAire. Os 154 ocupantes do avião comercial morreram. Mesmo danificado, o Legacy conseguiu pousar, e nenhum dos sete ocupantes --seis norte-americanos-- ficou ferido.
Nos próximos dias, a PF deverá analisar as caixas-pretas das duas aeronaves. O material foi entregue à PF pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Aeronáutica, apenas na quarta (22) e mediante ordem judicial. Antes, ele estava disponível apenas para os integrantes da comissão do setor que apura o caso.
Outros passos que a PF deverá tomar antes de realizar indiciamentos são ouvir os pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que permanecem impedidos de deixar o Brasil desde o acidente; e os três controladores de vôo que trabalhavam em Manaus (AM), onde decolou o Boeing, rumo a Brasília, antes da queda.
Resgate
Na quarta (22), o IML (Instituto Médico Legal) de Brasília concluiu a identificação dos 154 mortos na queda do Boeing da Gol ao encontrar os restos mortais de Marcelo Paixão, por meio de um exame de DNA, em fragmentos de ossos recolhidos no local do acidente.
A Aeronáutica manteve as buscas ao corpo de Paixão até o último dia 16. No mês passado, a família da vítima foi até a fazenda Jarinã, onde ficavam concentradas as equipes de resgate, e realizaram uma cerimônia de despedida. No local do acidente, sobre os destroços da aeronave, foram depositadas uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e uma Bíblia.
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